Quarta a discursar no Pequeno Expediente desta quinta-feira, 4, a deputada Adriana Accorsi (PT) ocupou a tribuna para pedir ao governador Ronaldo Caiado (DEM) que busque junto ao Governo Federal a obtenção de insumos para dar continuidade à produção da vacina coronavac pelo Instituto Butantan que, segundo ela, é responsável por 80% dos imunizantes disponibilizados à população brasileira. A parlamentar aproveitou para prestar condolências à família da servidora da Alego, Glenda Salviano, de 42 anos, que faleceu em consequência de complicações de covid-19, e felicitar o colega Francisco Oliveira (PSDB) pelo seu aniversário na data de hoje.
“O governador Caiado é um médico de competência profissional e esperamos que ele atue no sentido de conseguir vacinas para o povo brasileiro. Foi revelado pela CPI da Pandemia que o presidente da República se recusou 11 vezes a adquirir vacinas e ontem se manifestou de forma agressiva em relação à China, que é a única que fornece insumos ao mundo”, comentou a parlamentar, se referindo à negociação não concretizada com o Laboratório Pfizer, por questões burocráticas, que teria garantido 70 milhões de doses para entrega em dezembro do ano passado. De acordo com Accorsi, se esses imunizantes tivessem chegado, talvez houvesse uma possibilidade da servidora Glenda e do ator Paulo Gustavo estarem vivos hoje.
A deputada repercutiu com preocupação a informação do Instituto Butatan de que a China não vai fornecer os insumos necessários e que, a partir de 15 de maio, o Brasil poderá ficar sem a vacina coronavac, que representa a maioria das vacinas aplicadas no País.
“Quero registrar, ainda, uma inquietação com esse tipo de atitude do presidente Bolsonaro, que demonstra despreocupação com a vida do povo. Isso não é uma questão ideológica, falo como deputada que representa o povo goiano que clama por vacina”, encerrou.
Adriana Accorsi pede contribuição de Caiado na busca de insumos para produção de vacinas
