Prefeito diz que não fugirá da responsabilidade de disputar a reeleição na capital caso seja necessário. Declaração joga balde de água fria nas pretensões dos maguitistas
Um dia uma coisa. No outro, outra coisa. Este é o velho e guerreiro Iris Rezende. Quando ele diz que não é candidato, deve-se ler que ele é candidato. Foi assim em outras campanhas. Foi assim em 2014, quando disputou o governo de Goiás com Marconi Perillo (PSDB), em 2016, quando venceu Vanderlan Cardoso, na época no PSB e hoje no Progressistas, na disputa pela prefeitura de Goiânia.
Ontem de manhã, quando lançava a obra de reforma do Cais da Chácara do Governador, Iris Rezende disse não à reeleição e mandou um recado ao povo. “Vamos deixar tudo funcionando para que a pessoa que venha a me substituir tenha condições de conduzir essa máquina complexa. Eu não vou disputar nova eleição, mas vou fazer um apelo ao povo: não vote por votar. Escolha quem tem compromisso. De conversa fiada o Brasil está cheio. Quando se escolhe mal, o desastre está formado”.
A posição de Iris repercutiu bastante e deu esperança ao grupo do ex-governador e ex-prefeito de Aparecida, Maguito Vilela (MDB), de disputar a prefeitura de Goiânia com apoio do velho cacique e a maior liderança do partido no Estado.
Mas a euforia se transforma novamente em angústia e incerteza dos maguitistas porque o mesmo Iris que disse não ser candidato ontem muda de opinião hoje e deixa claro que não desistiu do páreo.
Ao participar da retomada das obras do Cmei Bairro Floresta na manhã desta quinta-feira, dia 9, ele deu entrevista e falou novamente sobre a sucessão municipal. Mas desta vez declarou que, se surgir fato novo, não fugirá à responsabilidade de concorrer ao cargo novamente. “Hoje, esse é o meu pensamento: terminar meu mandato e entregar ao meu sucessor uma prefeitura absolutamente regularizada. Agora, se surgir fato especial no decorrer desse tempo, não posso fugir da luta e responsabilidade que tenho com essa cidade”, declarou.
O comportamento de Iris Rezende é uma jogada política que ele já se acostumou a fazer. Cuida da gestão como se não fosse candidato. Depois, lá na frente, seu grupo articula a aclamação do seu nome e ele sai carregado nos braços dos correligionários como se fosse o único e verdadeiro salvador da pátria. Sendo assim, sai candidato.
Dá pra entender?
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