Caiado defende que agressores sejam impedidos de trabalhar no serviço público

Governador Ronaldo Caiado declarou que “o cidadão que pratica qualquer grau de violência não pode ser servidor público” – (Foto: Júnior Guimarães e Wesley Costa)

Projeto propõe que empresas promovam combate às agressões e incentivem quebra de comportamentos discriminatórios

O governador Ronaldo Caiado (DEM) defendeu que além das consequências criminais, os agressores de mulheres devem ser impedidos de manter ou tomar posse de cargos no serviço público. A declaração foi feita durante lançamento do programa Todos por Elas, nesta quarta-feira (07), na sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg).

“O cidadão que pratica qualquer grau de violência não pode ser servidor público. A exclusão desse cidadão da função supera qualquer norma constitucional de estabilidade”, assegurou Caiado.

A iniciativa da Acieg visa levar conteúdos informativos, em vídeos e interativos, em uma plataforma on-line, para capacitar e fomentar o debate sobre a violência contra a mulher. Acompanhado da presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado, o governador disse, ainda, que “até pouco tempo existia um silêncio conivente, em que as leis eram aplicadas dependendo da condição de quem praticava a violência”. Segundo ele, “esse tumor foi lancetado e, hoje, independente de condição social, econômica e financeira, essas pessoas não têm guarida”.

A primeira-dama Gracinha Caiado elogiou a proposta e garantiu a colaboração do Governo de Goiás. “Estamos unidos para dar basta aos crimes de gênero. Estado e setor privado devem trabalhar juntos na proteção das vítimas e prevenção aos crimes”, ressaltou.

A coordenadora do GPS fez um balanço sobre as ações realizadas na gestão de Caiado, como a implantação do Pacto Goiano pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Entre agosto de 2019 e janeiro de 2021, “foram 459 violentadores tirados das ruas. Em 2020, foi criado o Batalhão Maria da Penha, que já realizou mais de 2 mil acompanhamentos de medidas protetivas, averiguações de denúncias e apoio policial”, relatou.

Também presente, mas de maneira remota, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, reconheceu os esforços de Caiado em prol da proteção das mulheres. “Este governador é tão envolvido com o tema que quando ele não vem pessoalmente aqui, no Ministério da Mulher, buscar programas e recursos, ele manda a primeira-dama e, na sequência, todos os secretários”, declarou Damares.

As empresas que fizerem parte do Todos por Elas vão ganhar certificados com selo de aliada no combate ao feminicídio, emitido pela Acieg. O selo será concedido após todos os funcionários da empresa terem concluído o curso disponibilizado na plataforma.

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