Cofen recebe denúncias de falta de EPIs

Conselho informa que mais de 10 mil profissionais já foram afastados das atividades devido a pandemia de Covid-19

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) atualizou, na última sexta-feira (08), nota técnica sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) em áreas críticas. Precauções de contato, gotículas e aerossóis devem ser usadas 100% do tempo.

Conforme o Conselho, mais de 5 mil denúncias de falta ou indequação de EPI. Além de máscaras N-95/PFF2, luvas e gorro, é recomendado o uso de óculos ou protetores faciais e de avental/capote de TNT impermeável longo com gramatura mínima de 50, ou vestimenta impermeável de corpo inteiro, tipo macacão, com proteção de cabeça e costura selada, descartável ou reprocessável.

“Até a presente data, o Cofen registrou, em seu setor de Ouvidoria, mais de 5 mil queixas sobre falta ou inadequação de EPIs. O espaço do Cofen foi usado como um pedido de socorro por profissionais, que têm receio histórico de reclamar sobre as condições de trabalho”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Neri, ressaltando o impacto da escassez de EPIs no adoecimento dos profissionais.

De acordo com o Cofen, já são mais de 10 mil profissionais afastados por suspeita de COVID-19, com 88 óbitos associados à doença.

“Frente à situação de transmissão sustentada de COVID-19 e de necessidade de avaliação de contexto e risco local, essas recomendações podem ser aplicadas a outros ambientes e setores”, ressalta Neri.

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