Pesquisa envolveu 667 pacientes em 55 hospitais de todo o país
Da Agência Brasil
Um estudo promovido por pesquisadores de um consórcio de instituições de saúde brasileiras concluiu que a hidroxicloroquina não é eficaz para o tratamento de casos precoces da Covid-19. A pesquisa foi publicada no periódico New England Journal of Medicine nesta quinta-feira (23).
Os pesquisadores da Coalizão Covid-19 Brasil fazem parte das equipes dos hospitais e institutos Albert Einstein, HCor, Alemão Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa e Sírio Libanês, de São Paulo, e Moinhos de Vento, de Porto Alegre.
Os pesquisadores da Coalizão Covid-19 Brasil conduziram um ensaio clínico randomizado de 15 dias com três grupos, envolvendo um total de 667 pacientes em 55 hospitais de todo o país. Para um grupo foi ministrada apenas hidroxicloroquina, para outro hidroxicloroquina e azitromicina e para o terceiro nenhum dos remédios, com tratamento denominado padrão.
Os autores não encontraram efeitos do uso de hidroxicloroquina sozinha ou com azitromicina em comparação aos pacientes que não receberam os remédios, do denominado grupo-controle.
O estudo também identificou mais efeitos adversos entre quem recebeu hidroxicloroquina com azitromicina (39.3%) e hidroxicloroquina (33,7%) do que no grupo com tratamento padrão (18%).