Delegado sugere arquivamento de investigação sobre mãe que jogou recém-nascido em lote baldio

A Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) de Goiânia concluiu as investigações sobre a conduta de uma adolescente de 16 anos que jogou sua filha, uma criança recém-nascida, em um lote baldio vizinho à sua casa logo após o nascimento, ocorrido no dia 17 de dezembro do ano passado.
A adolescente, sem saber da gravidez, deu à luz a uma criança em sua residência, no banheiro. Após o ato, ao achar que a criança estava morta, a adolescente jogou-a no lote vizinho, por cima do muro.
A Polícia Civil enviou o auto de investigação ao Poder Judiciário, sugerindo o arquivamento dos autos, pois reconheceu que a adolescente não tinha conhecimento da gravidez. Esta situação não é comum, mas há relatos de inúmeros casos de uma gravidez sem sinais. Assim, conforme demonstrado, a suposta autora não cometeu o ato infracional de infanticídio tentado.
Também foi levado em consideração o fato de a adolescente ter procurado dois médicos no dia anterior ao fato, uma ginecologista e um clínico geral, que não constataram a gravidez.
Algumas horas antes ao parto, a adolescente procurou o serviço médico e foi medicada para aliviar dores de cálculo renal (pedras nos rins). Dentre os medicamentos, ela tomou alguns prescritos para gestantes e que provocam confusões cognitivas.
Na conclusão da investigação, o delegado Queops Barreto, titular da Depai, encaminhou cópias dos autos ao Conselho Regional de Medicina (CRM) para apuração da conduta dos médicos. A criança e a adolescente encontram-se bem de saúde.
G365

Total
0
Shares
Related Posts