Casal foi preso acusado de falsificar documento mediante depósito em conta bancária
O Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/Deic), prendeu, no dia 27 de julho, na Região Metropolitana de Cuiabá (MT), um casal suspeito de aplicar o golpe da falsa licença ambiental em agropecuaristas goianos.
No ano de 2020, representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) procuraram a Deic e noticiaram alguns casos nos quais fiscais ambientais foram surpreendidos com a apresentação de licenças ambientais falsas, por parte de agropecuaristas goianos, no momento em que fiscalizavam propriedades rurais nas cidades do interior do Estado, dentre elas, Edeia, Morrinhos e Rio Verde.
Apesar de possuírem numeração de processos administrativos, tais documentos em curso no órgão continham contradições ou mesmo versavam sobre fato diverso do solicitado no processo.
Vários agropecuaristas goianos informaram para o órgão que uma pessoa entrou em contato com eles, via telefone, se apresentou como servidor da Semad e disse que sabia do processo em andamento.
Em seguida, se oferecia para encaminhar uma licença sem passar por todos os trâmites legais e solicitava transferências de valores para a conta bancária de uma mulher.
Cerca de nove agropecuaristas transferiram os valores, recebendo uma licença ambiental falsa desse suposto servidor.
Um suspeito e sua ex-companheira foram identificados pela polícia, ambos residentes em Várzea Grande, Região Metropolitana de Cuiabá, como os responsáveis pelo golpe e recebimento dos valores.
No dia 27 de julho último os policiais civis goianos foram ao Mato Grosso e cumpriram dois mandados de prisão e dois mandados de busca e apreensão na residência dos suspeitos.
A mulher foi presa numa chácara às margens do Rio Cuiabá, onde só se chegava de barco. E o homem foi preso em um apartamento de Várzea Grande. Descobriu-se que o investigado buscava as informações das vítimas diretamente do sistema informático da Semad, que mantinha os dados dos processos disponíveis para o público em seu site da internet.
Os investigados vão responder pelo crime de estelionato e os agropecuaristas que adquiriram tais licenças podem responder criminalmente pelo uso de documento falso.