Ação da Polícia Civil foi iniciada após uma denúncia ter sido feita por um representante de uma empresa do Rio Grande do Sul
A Polícia Civil, por meio da 5ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Aparecida de Goiânia prendeu em flagrante, na manhã da última segunda-feira (08), duas pessoas suspeitas de falsificar e revender cateteres para hospitais.
A investigação começou, na última sexta-feira (05), quando chegou à delegacia denúncia repassada por representante de uma empresa do Rio Grande do Sul que vende cateter para hemodiálise. Segundo a denúncia, havia uma outra empresa, em Aparecida de Goiânia, vendendo cateteres falsificados com o nome da empresa gaúcha.
Chegou ao conhecimento do representante desta empresa informações repassadas por alguns hospitais, que se queixaram da baixa qualidade do produto e dos riscos causados a pacientes em estado grave. A baixa qualidade do produto acabou por influenciar o quadro clínico dos pacientes. A empresa gaúcha chegou a comprar dois cateteres da empresa de Aparecida de Goiânia, suspeita de falsificar o produto e fez ainda uma auditoria interna para comprovar que o material não era original.
Na manhã dessa segunda-feira (08), os policiais civis da 5ª DDP de Aparecida fizeram diligências, na sede de duas empresas suspeitas de falsificar o material, para apurar a denúncia. As empresas estão situadas no setor Morada dos Pássaros, em Aparecida. Os policiais abordaram as pessoas que trabalham na empresa e constataram que no local funcionava um grande depósito de medicação clandestina, com diversos medicamentos armazenados e sendo revendidos sem autorização dos órgãos sanitários e de regularização comercial.
A Polícia Civil acionou então a vigilância sanitária municipal e a Polícia Técnico-Científica. Os órgãos constataram que os cateteres armazenados e revendidos por essa empresa realmente eram falsos.
Havia cerca de 26 caixas do produto falsificado, totalizando 300 cateteres e dezenas de medicamentos. Segundo a investigação, uma empresa de Aparecida de Goiânia deixou de fabricar o produto em 2017 e o descartou.
Foi então que as empresas investigadas resolveram falsificar os cateteres, usando, porém, a logomarca de uma empresa gaúcha de renome na área de produtos hospitalares, simulando que os produtos estavam dentro do prazo de validade, além de vendê-los a vários hospitais goianos.
Os dois sócios proprietários foram conduzidos à delegacia, presos em flagrante pelos crimes contra o consumidor e por adulteração de medicamentos. Em caso de condenação, os suspeitos podem pegar mais de 15 anos de prisão. As empresas foram interditadas pelos órgãos sanitários.