Geraldo Bebianno ajudou a coordenar a campanha de Jair Bolsonaro em 2018
Ex-braço direito do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, o advogado Gustavo Bebianno, de 56 anos, morreu ontem, no Rio de Janeiro, vítima de infarto fulminante.
Ele estava com o filho numa fazenda da família em Teresópolis quando sentiu-se mal, caiu, bateu com a cabeça no chão e foi levado a um hospital da região, onde já chegou morto.
Bebianno foi secretário-geral da Presidência da República por um mês e 18 dias. Deixou o governo Bolsonaro acusado pelo presidente de ter feito caixa dois na campanha eleitoral por ter sido o presidente nacional do PSL, coisa que ele sempre negou. Ele saiu brigado c om o presidente e seus filhos.
Ele estava filiado no PSDB e foi lançado no início do mês pelo governador de São Paulo, João Dória, como pré-candidato dos tucanos a prefeito do Rio de Janeiro.
A morte de Geraldo Bebianno repercutiu muito no meio político.
Desgosto
O empresário Paulo Marinho, amigo de Bebianno, que também trabalhou na campanha de Bolsonaro e o estava ajudando a organizar sua candidatura a prefeito do Rio de Janeiro, declarou que ele morreu de tristeza. “Bebianno morreu de tristeza por tudo que passou”.
Já o ator e deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), disse que o advogado morreu de desgosto por ter sido traído por Bolsonaro. “O Bebianno morreu de desgosto. Essa é a verdade. Ele não suportou a puxada de tapete, a traição produzida por Jair Bolsonaro. Com 56 anos morre com ele uma história, muitas verdades e com certeza vai ter festa no Palácio entre a corja”, afirmou. Até a publicação desta reportagem, nem o Palácio do Planalto, nem o presidente Jair Bolsonaro, haviam se pronunciado sobre a morte de Geraldo Bebianno.