Fazendeiro é denunciado por acobertar Lázaro

Fazendeiro Elmi Caetano foi preso acusado de esconder Lázaro da polícia em sua propriedade rural, em Cocalzinho de Goiás – (Foto Reprodução)

Conforme denúncia do Ministério Público, Elmi Caetano vai responder também por posse irregular de arma de fogo

O proprietário rural Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos, foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da Promotoria de Justiça de Cocalzinho de Goiás, por auxiliar na fuga de Lázaro Barbosa de Souza, de 32 anos, e por posse de arma de fogo com sinal de identificação suprimido ou adulterado e 49 munições de calibre 22.

A promotora de Justiça Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello explica que apesar dos esforços da força-tarefa para a captura do procurado, Elmi Caetano, pelo menos desde 18 de junho, até o momento de sua prisão em flagrante em 24 de junho, deu guarida a Lázaro, fornecendo-lhe repouso, comida e escondendo-o em sua fazenda, de maneira a retardar e dificultar o trabalho da polícia.

Alguns policiais suspeitaram da conduta do fazendeiro, que trancou com cadeado todos os acessos à fazenda, enquanto os demais fazendeiros da região deixavam as porteiras de suas propriedades abertas, para que a polícia pudesse prosseguir com as buscas.

Após suspeitarem das atitudes de Elmi Caetano, os policiais abordaram o caseiro da propriedade, Alain Reis de Santana, que havia recebido ordens expressas para não permitir que a polícia adentrasse a propriedade. Alain, depois de preso, informou à polícia que o patrão estava acobertando o criminoso.

Ao realizarem buscas na propriedade, a polícia localizou e apreendeu a arma de fogo e as munições. No local, ainda foi apreendido o aparelho celular do denunciado. No aparelho foram encontradas mensagens que corroboram o favorecimento prestado por Elmi Caetano a Lázaro. Além disso, cães farejadores identificaram rastros do cheiro do então fugitivo no local.

Na denúncia, a promotora de Justiça solicita que seja requisitada a instauração de investigação complementar em face do filho de Elmi Caetano, identificado como Gabriel, pois há indicativos de sua participação no crime de favorecimento pessoal.

Já em relação ao caseiro Alain Reis de Santana, funcionário de Elmi Caetano, ficou claro que ele não tinha domínio, influência ou mesmo consciência clara da atuação dolosa e espúria praticada pelo seu empregador.

Elmi Caetano Evangelista foi denunciado com base nos artigos 12 e 16, parágrafo único, IV, da Lei 10.826/2003, na forma do artigo 70 do Código Penal, bem como no artigo 348, caput, do Código Penal (por pelo menos 5 vezes, em continuidade delitiva, considerando a quantidade de dias, em momentos alternados, em que deu guarida a Lázaro Barbosa de Souza), em concurso material (artigo 69, do Código Penal) com os demais crimes. (Com informações da Ascom MPGO)

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