Semad aponta para totais pluviométricos entre 150 milímetros e 400 milímetros
Chuvas torrenciais têm caído sobre o solo goiano nos últimos dias. E a previsão é de que vão continuar. Mas o excesso de chuva preocupa porque pode provocar desastres, como o rompimento de uma represa ocorrido dias atrás em Pontalina, o que ocasionou problemas em duas pontes em rodovias estaduais que levam à cidade e causou prejuízos enormes para várias pessoas.
O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) alertam para a continuidade das chuvas torrenciais no Estado de Goiás. O alerta aponta para totais pluviométricos entre 150 milímetros e 400 milímetros nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Diante disso, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Goiás disparou alerta todos os proprietários de barragens no Estado para volumes de chuva acima do normal nos próximos dias.
Marcos Antônio de Souza Menegaz, superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da Semad, explica que volumes acima de 100 milímetros já demandam uma atenção redobrada dos proprietários. “O que nós recomendamos é uma vistoria da estrutura e que o nível da água seja reduzido, já pensando em um possível cenário de cheia, para que a barragem receba e escoe o volume sem maiores pressões”, afirma.
A Semad também instrui os proprietários de barramentos que estejam sempre em prontidão para comunicar possíveis emergências às Defesas Civis municipais da região onde se encontram, além de constituir uma rede de comunicação com vizinhos e comunidades residenciais em um raio de 10 quilômetros da represa.
Recomendações da Semad
1 – Verificar o nível do reservatório, que não pode estar totalmente cheio nesse período.
2 – Verificar existência de trincas ou rachaduras e infiltrações nas ombreiras e taludes. Caso existam, deve-se reduzir ainda mais o volume acumulado no reservatório.
3 – Deixar descargas de fundo escoando livremente nos próximos dias para que a barragem receba a água da chuva sem problemas.
4 – Desobstruir os extravasores, quando houver: retirar lixo, vegetação ou qualquer material presente para que haja fluxo. 5 – Jamais remover árvores ou vegetação nos taludes ou ombreiras para não causar instabilidade na estrutura. Deixar para realizar tal procedimento durante a seca.
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