Em entrevista à GloboNews, ex-governador do Ceará fala que bons exemplos devem virar política nacional construída em parceria com estados e municípios
Nesta terça-feira (27), os avanços da educação e acesso à tecnologia em Goiás foram citados pelo futuro ministro da Educação do governo de Lula (PT), Camilo Santana, em entrevista ao programa Estúdio i, do canal Globo News. “Sei que Goiás deu agora um avanço importante na Educação e vamos tentar construir uma política nacional nesse sentido”, disse Santana.
Para Santana, a pandemia acelerou o processo do uso da tecnologia na educação, e o principal desafio é universalizar o acesso a estas ferramentas no país. Santana falou de ações no Espírito Santo, Pernambuco e Ceará, que, semelhante à experiência goiana, forneceu tablets a alunos do Ensino Médio e notebooks para professores, além do acesso à internet.
O futuro ministro falou que o objetivo é transformar as ações em política nacional por meio de pactuação com estados e municípios. Para isso, o futuro ministro disse que vai convocar governadores e secretários de educação dos Estados para construir essa pactuação a várias mãos.
“Hoje se depende das lideranças e da vontade do governador de querer fazer, como é o caso de Pernambuco, Ceará, Espírito Santo e Goiás”, disse Santana ao citar experiências bem-sucedidas pelo país.
Tecnologia
A experiência goiana do uso da tecnologia na educação vem dos investimentos do Governo de Goiás na área, que ultrapassam R$ 5 bilhões nos últimos quatro anos. Em 2021, foram adquiridos 951 laboratórios móveis de informática, com investimentos de R$ 130,4 milhões. Mais R$ 4,5 milhões foram investidos na aquisição de 120 laboratórios de Física e Biologia para os Centros de Ensino em Período Integral (Cepis).
Alunos da 3ª série do Ensino Médio da rede estadual receberam 75 mil chromebooks para avançar nos estudos. Em 2022, foi iniciada também a distribuição de chromebooks para os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Em 2022, todos os professores regentes da rede estadual receberam notebooks. Os docentes também tiveram, a partir de maio de 2021, uma ajuda de R$ 100 mensais para custear o acesso à internet.