Grampos sugerem que comparsas de miliciano recorreram a Bolsonaro

Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão do Bope e miliciano – (Foto Divulgação PCRJ)

Denúncia foi feita pelo portal The Intercept e mostra que cúmplices de Adriano da Nóbrega fizeram contato com o presidente

Grampos telefônicos sugerem que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi contatado por integrantes da rede de proteção do ex-capitão do Bope, o miliciano e bicheiro Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em ação policial em fevereiro de 2020, na Bahia. As informações são do portal Metrópoles.

As conversas foram publicadas neste sábado (24) em uma reportagem do portal The Intercept. Elas fazem parte de um relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro elaborado a partir das quebras de sigilo telefônico e telemático de suspeitos de ajudar o miliciano quando ele estava foragido.

Após a morte cúmplices dele fizeram contato com “Jair”, “HNI (PRESIDENTE)” e “cara da casa de vidro”, segundo o The Intercept.

“O cara da casa de vidro” seria uma referência aos Palácios do Planalto, sede do Executivo federal, e da Alvorada, a residência oficial do presidente, ambos com fachada inteiramente de vidro.

Após as citações, o Ministério Público Estadual pediu que a justiça parasse as escutas dos envolvidos nas conversas porque o órgão não pode investigar o presidente da República.

A Procuradoria-Geral da Repúpública (PGR) informou que fez buscas nos sistemas da Procuradoria por meio do número de processo indicado e não teve resultados.

Segundo a reportagem, as conversas de apoiadores do miliciano com supostas referências ao presidente da República começaram a aparecer nos grampos a partir do dia da morte de Adriano, em 9 de fevereiro de 2020, e continuaram por 11 dias.

Adriano da Nóbrega era procurado pela justiça desde janeiro de 2019. Ele foi expulso do Bope em 2014 por relações com a máfia do jogo do bicho. O miliciano e bicheiro foi morto em ação da polícia baiana, em sítio em Esplanada, na Bahia, onde se escondia.

Total
0
Shares
Related Posts