O crime foi cometido na cidade de Itapuranga. Executor morreu antes de ser denunciado
Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) em Itapuranga em 2015, Ogier de Oliveira Lobo Filho foi condenado nesta quinta-feira (27), pelo Tribunal do Júri, a 18 anos de prisão pela morte de seu primo, Rogério de Jesus Lobo, em julho daquele ano, a serem cumpridos em regime inicialmente fechado nos termos do artigo 121, parágrafo 2º, I e IV, do Código Penal..
De acordo com a denúncia da promotora Gabriella Queiroz Clementino, o réu e a vítima eram sócios em diversos negócios relativos a propriedades rurais e gado em Goiás e Mato Grosso, a maioria não documentada.
Entre essas operações comerciais, existia a posse conjunta de uma fazenda no município de Cocalinho (MT), que provocou desentendimento entre os dois. A partir daí, Ogier resolveu contratar o pistoleiro Márcio Humberto Teixeira de Freitas para pressionar o primo, o que acabou culminando no assassinato de Rogério a tiros.
Atuaram na acusação, pelo MP, as promotoras de Justiça Júlia Lopes de Souza e Antonella da Cunha Paladino, mais o advogado e assistente à acusação Reginaldo Ferreira Adorno Filho.
Márcio Humberto não pôde ser denunciado por que, antes disso, matou a companheira e cometeu suicídio em um motel na cidade de Aparecida de Goiânia, utilizando no crime a mesma arma e o mesmo silenciador empregados para o homicídio de Rogério.
Dosimetria
Na dosimetria da pena, o juiz Gustavo Costa Borges avaliou o fato de, à época do crime, a vítima possuía um filho menor de 18 anos, provocando reflexos na integridade moral e psicológica do adolescente. Além disso, a conduta do acusado alcançou mais reprovabilidade pelo fato de ele possuir laços de afeto e parentesco com a vítima.