Segundo as investigações, o acusado agiu de 2020 até março de 2023, quando foi preso pela Polícia Federal,
Um homem acusado de aliciar crianças e vender cenas de abuso sexual pela internet foi condenado a 19 anos, 4 meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado, além do pagamento de 175 dias-multa. Da condenação, confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), Maceió (AL), não cabe recurso.
Segundo as investigações, o homem agiu de 2020 até março de 2023, quando foi preso pela Polícia Federal, utilizando perfis falsos em aplicativos como ICQ, WhatsApp, Telegram e Facebook para armazenar, comercializar e compartilhar material de abuso sexual infantil. Ele realizava transações por meio de Pix e PayPal.
Com fluência em inglês, o acusado mantinha contato com interessados de 23 países, como Argentina, Chile, Colômbia, República Dominicana, Equador, México, Peru, Estados Unidos, Venezuela, Emirados Árabes Unidos, Índia, Japão, Kuwait, Malásia, Arábia Saudita, Tailândia, Alemanha, Espanha, França, Reino Unido, Holanda, Portugal e Eslovênia.
A apuração ainda revelou que com o uso de perfis falsos e se passando por uma adolescente, o acusado atraía vítimas – preferencialmente, meninas – e as convencia a enviar imagens íntimas. Depois, usava fotos falsas e promovia sorteios ou brindes como isca para iniciar o contato.
Parte dessas abordagens envolvia contextos de envio de mensagens e fotos de conteúdo erótico e sextorsão (ameaça de se divulgar imagens íntimas para forçar alguém a fazer algo), práticas ilegais mesmo quando há aparente “consentimento” da vítima, se ela for menor de idade.