Hospital das Forças Armadas capacita profissionais do HUGO

Médicos e enfermeiros do Hospital de Urgências de Goiânia estão recebendo treinamento no Centro de Simulação Realística do HFA. Primeiro alvo é combate ao Covid-19. Militares usam tecnologia de ponta

Todas as semanas grupos de médicos e enfermeiros do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (HUGO) recebem capacitação no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. O treinamento visa principalmente aprimorar técnicas de cuidados e tratamento para enfrentar a pandemia de coronavírus.

Diretores do HUGO acompanharam treinamento no Hospital das Forças Armadas

A diretora-geral do HUGO, Dulce Xavier, explica que a parceria é um projeto piloto desenvolvido com os militares visando transferência de tecnologia para hospitais civis. “Nossos profissionais recebem treinamento e orientações diversas usando o que há de mais moderno na tecnologia de simulação de situações concretas em atendimento médico com os melhores instrutores das Forças Armadas”, frisa. Dulce Xavier reforça que o objetivo da parceria vai além da capacitação em técnicas para atendimento a pacientes Covid-19. “Nossa expectativa é desenvolvermos treinamentos continuados para nossas equipes com o que há de mais moderno em simulação”.

Os profissionais são treinados principalmente no Centro de Simulação Realística, uma seção da Divisão de Treinamento, Ensino e Pesquisa do HFA, comandada pelo brigadeiro Geraldo José. O Centro tem bonecos robôs para preparação de médicos, intervencionistas, enfermeiros e outros profissionais e outros equipamentos de última geração para as ciências médicas.

Profissionais são treinados principalmente no Centro de Simulação Realística, uma seção da Divisão de Treinamento, Ensino e Pesquisa do HFA

Segundo o diretor, brigadeiro Geraldo José, o HFA tem esses equipamentos que podem simular eventos que representem ameaça para pacientes de maneira geral. “Esses robôs representam o que há de mais moderno para apresentar condições clínicas muito próximas do que os profissionais de saúde vão enfrentar e corrijam de maneira tempestiva e conduzam [os pacientes] a uma condição de estabilidade”, comenta.

Para o diretor esse é o estado da arte do treinamento profissional na atualidade. “Precisamos saber que aqui podemos errar e começar de novo sem prejuízo de vidas para que ao chegar a uma situação real os profissionais tenham aprendido à exaustão a melhor técnica de procedimento”. Esse projeto piloto se destina também a troca de informações entre o Hospital das Forças Armadas e profissionais de unidades civis. “Fazemos parte de uma só sociedade e queremos trocar experiências visando o bem da coletividade”.

Auxílio

O assessor especial do Ministério da Defesa, general Pafiadache, recebeu a direção do HUGO no Hospital das Forças Armadas e adiantou que a transferência de conhecimentos dos profissionais de saúde das Forças Armadas faz parte de um projeto de integração e auxílio quando solicitados para unidades de saúde da sociedade civil. O general lembrou que há um contingente de 1,5 milhão de pessoas na família das três armas – Marinha, Exército e Aeronáutica – e que isso se traduz em uma necessidade de aprimoramento constante para os profissionais de saúde.

General Pafiadache é atualmente secretário de pessoal, ensino, saúde e desporto do Ministério da Defesa e está à frente do processo de integração com unidades civis. “No que for possível estamos em busca de apoiar hospitais civis nas diversas guarnições do Brasil. Hoje colocamos pessoal e equipamentos para triagem em unidades. Nosso pessoal de defesa química e bacteriológica, além das unidades de defesa radiológica e nuclear atuam em esterilização de diversos locais, prestando serviços e transferindo tecnologia”, frisa.

O diretor-técnico do HUGO, Eros de Souza, comenta que o objetivo é fazer com que os profissionais recebam treinamento realístico e se aprimorem para os cuidados dispensados à população. “Toda evolução técnica é bem aproveitada para darmos a atenção à saúde com o nível de excelência e humanização que é nossa meta”, finaliza.

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