Acusação foi feita na TV, ao vivo, após jogo contra o Bahia, no Maracanã
O jogo entre Flamengo e Bahia na noite deste domingo (20), no Maracanã (RJ), foi eletrizante. O Flamengo fez 2 a 0 no primeiro tempo. O Bahia virou para 3 a 2 no segundo e, na sequência, tomou a virada por 4 a 3. Bela vitória do flamengo que disputou a partida com um jogador a menos desde os nove minutos do primeiro tempo, com a expulsão de Gabigol, por ter ofendido verbalmente o juiz.
Mas a beleza do futebol apresentado neste domingo acabou no momento em que houve a acusação de racismo dentro de campo.
Após a partida, o volante Gerson, do Flamengo, desabafou indignado numa entrevista concedida à TV e acusou o meia colombiano Índio Ramirez, do Bahia, de ter praticado ato de racismo contra ele logo após o segundo gol do time de Salvador (BA).
Segundo o volante do Flamengo, o jogador do tricolor baiano teria mandado ele calar a boca “O Ramírez, quando a gente tomou o segundo gol, não me lembro, reclamou do Bruno (Henrique). Ele falou bem assim pra mim: ‘cala a boca, negro’. Eu nunca falei nada disso porque eu nunca sofri, mas isso daí eu não aceito”, disse o flamenguista. “Estou vindo falar aqui em meu nome e de todos os negros do Brasil”, concluiu.
O ato provocou muita discussão dentro de campo e Gerson criticou também o treinador do Bahia, Mano Menezes.
Em relação a Mano Menezes, a crítica de Gerson se deu por causa de bate-boca com o treinador durante a confusão. “O Mano (Menezes) até falou “Ah, agora você é vítima, não é? O Daniel Alves te atropelou e você não falou nada. Claro, porque teve respeito entre eu e ele. Eu nunca falei de treinador, mas o Mano tem que saber respeitar”, desabafou.
Nem a direção do Bahia, nem Índio Ramirez, se pronunciaram sobre a denúncia de racismo até o momento.