Justiça afasta presidente da Câmara Municipal de Rialma

Vereador é suspeito de exigir pagamento para interferir em processo ambiental 

Na última sexta-feira (02), a Justiça determinou o afastamento do presidente da Câmara Municipal de Rialma, vereador Israel Matozinho da Silva Filgueira (PRD) do exercício do mandato. O vereador é suspeito de interferência em procedimento ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do município.

Segundo o Ministério Público, o vereador exigiu, por meio de ameaças, o pagamento de valores para interferir em um procedimento ambiental relacionado a um desmatamento realizado em uma propriedade rural. 

Nos dias 19 e 20 de abril, a vítima identificada por R.C.P., teria sido alvo do vereador e de um servidor público identificado por M.R.S.S., que exigiram o pagamento de R$ 16 mil, para interferir no processo instaurado pela Secretaria de Meio Ambiente relacionado ao desmatamento.

Conforme o MP, o responsável pelo desmatamento efetuou o pagamento, sendo que o servidor teria ficado com R$ 6,2 mil e transferido R$ 9,8 mil para a empresa do vereador. Em contrapartida, a multa aplicada no procedimento, que era no valor de R$ 267,500 mil foi reduzida para R$ 30 mil, mediante a interferência do parlamentar, diz o MP.

Em sua decisão, o juiz Cristian Assis determinou o imediato afastamento de Israel Matozinho da presidência da Câmara Municipal, além de proibir a sua entrada no prédio do parlamento. O juiz também determinou o bloqueio das contas do vereador e do servidor público envolvido no caso no valor total de até R$ 257,5 mil.

Posicionamento 

A reportagem do Goiás365 entrou em contato com o vereador Israel Matozinho, que negou as acusações e informou que não foi ouvido pelo MP e que também não conseguiu acessar os autos do processo.

“As informações não condizem com a forma que estão divulgando, o processo está em segredo de justiça que desde de sexta-feira meus advogados até agora não conseguiram acessar os autos, estamos esperando a liberação do acesso para os advogados poderem estudar a denúncia. Nego todas as acusações. Vamos demostrar no decorrer do processo. Não fui ouvido pelo MP e muito menos pela juiz. Até agora não tive a oportunidade de me defender.”, declarou o vereador.

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