Os dois condenados intermediavam contatos entre criminosos presos e membros da facção nas ruas, a fim manter as ações ilícitas da organização criminosa
Em ação penal movida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a 2ª Vara dos Feitos Relativos às Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais do Estado de Goiás condenou um advogado e uma advogada à pena de 6 anos e 5 meses de reclusão, cada um, em regime fechado, e multa, pela prática do crime de integração à organização criminosa armada, previsto no artigo 2º, parágrafo 2º, da Lei nº 12.850/2013.
A investigação e a ação penal conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPGO apontaram que eles integravam a organização criminosa autodenominada Primeiro Comando da Capital (PCC), na chamada Sintonia dos Gravatas.
A função era intermediar contatos entre criminosos presos e membros da facção no meio externo, a fim de permitir a continuidade de ações ilícitas da organização criminosa.
Conforme destaca o Gaeco, descobriu-se que, dentre outras atividades, a facção acionou a advogada para auxiliar em manifestações e falsos protestos contra condições de cumprimento de pena nos presídios goianos.
A investigação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MPGO e da Polícia Penal do Estado de Goiás.