Com o objetivo de estimular o ecoturismo e promover o desenvolvimento econômico aliado à conservação, foi lançado nesta quinta-feira (6) o edital para a concessão da Floresta Nacional de Canela, na serra gaúcha. O modelo de concessão da floresta para ecoturismo prevê mais de R$ 90 milhões de investimento em infraestrutura e despesas operacionais ao longo dos anos, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. A concessão é por 30 anos.
Na floresta, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que esse é um modelo de concessão diferente dos adotados anteriormente, pois dá mais liberdade para que, ao longo do tempo, sejam pensados novos atrativos e alternativas para o turismo.
“Com isso, temos a certeza que vai ter muito mais investimento, geração de emprego a partir da atividade turística para vocês aqui na cidade e melhorar muito a atratividade aqui da Flona [Floresta Nacional]”, ressaltou Ricardo Salles.
“Esse novo modelo que começa pelo Rio Grande do Sul é exemplo para todo o resto do Brasil. É a partir desse modelo que faremos, por exemplo, Lençóis Maranhenses, Jericoacoara, Parque Nacional de Brasília, Chapada dos Guimarães”, completou o ministro.
Flona
A Floresta Nacional de Canela tem uma área de 557 hectares com altitudes que chegam a 840 metros. Está localizada na serra gaúcha, um polo turístico consolidado nacionalmente. A unidade fica próxima aos municípios de Canela e Gramado.
Regras do edital
No edital da Floresta de Canela estão previstas obrigações para os investidores. Uma delas é a manutenção da brigada de incêndio e o monitoramento e manejo de espécies. Há também o dever de realizar serviços que são considerados essenciais como a manutenção, limpeza e infraestrutura para que a atividade de ecoturismo seja atrativa e segura.
Concessão
O modelo de concessão criado em 2019 busca promover o desenvolvimento econômico por meio do estímulo ao ecoturismo com a atração de recursos para melhorar a infraestrutura e a conservação de parques e florestas nacionais.
A concessão florestal permite ao concessionário apenas o direito de praticar o manejo florestal sustentável. Isso significa que as empresas podem extrair produtos madeireiros e não madeireiros, além de oferecer serviços de turismo. O manejo florestal sustentável emprega técnicas que tornam possível extrair produtos com o menor impacto ambiental possível.