Gestão informa que investimentos estão sendo realizados para modernizar a operação
O prefeito Sandro Mabel (UB) defendeu a legalidade da operação do Aterro Sanitário de Goiânia, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (27/6) no Paço Municipal. O prefeito citou o relatório mais recente do Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), divulgado em junho de 2025, que atribuiu nota 7,5 ao aterro, classificando-o como “parcialmente adequado”, e com viabilidade para continuidade da operação. Mabel também citou relatório da Fral Consultoria, além da Controladoria-Geral da União (CGU) que, em vistoria realizada em maio, elogiou a estrutura e a equipe técnica do local.
Mabel afirmou que o objetivo é concluir a modernização total em até dois anos, com a implantação de uma estação de tratamento definitiva e o aproveitamento do gás para geração de energia. A água obtida do tratamento do chorume será desmineralizada e poderá ser vendida ou utilizada em processos industriais. O plano ainda prevê a criação de uma Central de Tratamento de Resíduos (CTR).
“Abrir mão do aterro significa abandonar o local, o que aumenta os riscos. Estamos trabalhando para transformá-lo em um dos mais modernos do Brasil”, concluiu.
A presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Zilma Peixoto, disse que o relatório da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semad), que aponta riscos no aterro sanitário de Goiânia, não apresenta base técnica nem estudos detalhados. Segundo ela, um dos itens do documento questiona a ausência de um supervisor técnico no local, mas a gestão conta com um profissional capacitado, elogiado inclusive pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Ainda de acordo com Zilma Peixoto, o relatório da Semad elenca 34 itens, dos quais 20 são contestados pela prefeitura por falta de base técnica, cálculos ou estudos laboratoriais.
Investimentos
Mabel destacou os investimentos já realizados para modernização do tratamento de resíduos do aterro, como em infraestrutura, aquisição de equipamentos e pedido de licença de funcionamento junto a órgãos ligados ao meio ambiente, para rebater críticas recentes sobre a segurança do local e de que existe risco de desmoronamento ou explosão no local.
O prefeito também descartou a utilização de aterros privados. Segundo ele, o aterro municipal custa cerca de R$ 40 por tonelada de lixo tratado, enquanto aterros privados cobram até R$ 170.
“Não vamos aceitar pressionarem para enviar nosso lixo para aterros privados. Com os recursos que economizamos, podemos investir em soluções definitivas e sustentáveis”, defendeu.
Operação
A gestão Mabel adquiriu 12 novos maquinários adicionados à frota (4 tratores de esteira, 1 escavadeira hidráulica, 2 pás carregadeiras, 1 retroescavadeira e 4 caminhões basculantes). No local, já foram iniciadas obras de adequação, com limpeza e correção dos taludes, com ações contínuas de cobertura diária dos resíduos, drenagem de chorume e gás, e controle dos resíduos.
A prefeitura informa que está em processo de contratação de uma empresa para monitoramento ambiental e geotécnico, e elaboração de uma licitação para implantação de unidade de tratamento de chorume que, no momento é encaminhado para tratamento complementar na ETE da Saneago. Também será contratado serviço para beneficiamento dos resíduos da construção civil, com objetivo de promover a destinação adequada.