Prefeito de Goiânia declara que não pretende tirar recursos da educação, da saúde e do social para investir nesse serviço privado. Ele apresenta alternativa para o problema
A suspensão do licenciamento do Aterro Sanitário de Goiânia se transformou em problema e em um grande desafio para o prefeito Sandro Mabel (União Brasil).
A Justiça acatou pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), que alegou riscos ambientais e cobrou providências para evitar danos irreversíveis ao meio ambiente.
Mabel busca reverter essa situação, mas descarta a possibilidade de usar dinheiro público para depositar os resíduos de Goiânia em um aterro sanitário privado.
“Este aterro está lá há 30 anos e ninguém tomou uma providência mais efetiva. Agora, com quatro meses de mandato, querem fazer com que eu gaste quase R$ 10 milhões por mês, dinheiro que vou ter que tirar da saúde para colocar lixo em aterro particular. Não tem cabimento um negócio desse. Eu estou inconformado com a falta de sensibilidade” , destacou.
Solução
O prefeito disse que em dois anos a prefeitura resolve o problema do aterro sanitário de Goiânia e, em três, ele estrutura uma Parceria Público Privada (PPP) para colocar fim aos resíduos, assim como viu na Itália e existe ainda na Coréia do Sul e na Alemanha.
“Eles colocam um investimento aqui de R$ 600 milhões e não vai ter um grama de lixo para jogar no aterro. Todo o lixo do dia é processado e eles ainda vão ao aterro e buscam 10% e processam também. Pode ter um aproveitamento de até 67%, que é reciclado. Os outros 33% são queimados, viram energia de uma forma que não polui. Então, se aproveita tudo e acabou aterro sanitário. Isso é que temos que fazer”, explicou.
Sandro Mabel disse que já executa um cronograma de trabalho que visa solucionar o problema e reforçou que não vai tirar dinheiro da saúde, da educação e do social para custear acolhimento dos resíduos em aterro privado. “É uma solução que não é inteligente”, pontuou.
Declarações
As declarações do prefeito foram dadas em entrevista coletiva durante solenidade de credenciamento de organizações da sociedade civil que atuam na prestação de serviços socioassistenciais, no Paço Municipal.