Governador pediu voto de confiança para implementar políticas de infraestrutura necessárias ao agronegócio
O governador Ronaldo Caiado (UB) participou, na manhã desta segunda-feira (27), da abertura da Tecnoshow, uma das maiores feiras de tecnologia em agronegócio do Brasil, realizada anualmente na cidade de Rio Verde, no Sudoeste goiano. Última autoridade a falar no evento, Caiado fez um emocionado discurso, no qual resgatou sua história de 36 anos como líder ruralista e sua luta em defesa do produtor rural goiano.
De acordo com Caiado, em 1990, quando ele chegou ao Congresso Nacional, a bancada ruralista não passava de seis parlamentares, porque ninguém tinha coragem de assumir a defesa do produtor rural. “Não me julguem por um ato. Me julguem pela minha história. Deus me poupou do sentimento do medo, eu não tenho esse pecado. Eu sou um homem que enfrenta as adversidades. Não tenho cicatrizes nas costas, tenho é no peito, porque sempre enfrento as adversidades de frente”, afirmou, sob aplausos dos presentes.
O governador ainda lembrou a situação de calamidade fiscal e financeira que encontrou em Goiás quando assumiu o governo, em 2019. Naquela oportunidade, o Estado se encontrava entre os quatro piores em situação fiscal do país, ao lado de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Também ressaltou que a venda da Celg-D, a maior empresa do Centro-Oeste brasileiro, penalizou sobremaneira a população e toda classe produtiva goiana.
“Eu cheguei ao governo, precisei tirar R$ 3 bilhões dos empresários, pois não tinha condições de subsidiar esse valor. Naquele momento, para ser aprovada a renegociação da dívida do Estado, nós fomos obrigados a impor uma taxa de 14,25% para aposentados que ganhassem acima de R$ 3 mil”, explicou, ressaltando, em seguida, que no fim do ano passado o Estado perdeu cerca de 40% da arrecadação de ICMS por conta da redução da alíquota promovida por lei federal.
Ronaldo Caiado falou sobre o Fundeinfra e explicou que nenhum centavo da contribuição sobre a produção agropecuária irá para o Tesouro Estadual. Toda a arrecadação, frisou o chefe do Executivo goiano, ficará a cargo da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), e o destino da aplicação desses recursos será decidido pelas entidades representativas do setor que compõem o Conselho Gestor do Fundo.