“Meus policiais não usam câmeras; faccionado não tem visita íntima”, diz Caiado ao criticar PEC da Segurança

Caiado critica PEC da Segurança em audiência pública na Câmara dos Deputados – (Foto: Júnior Guimarães)

Governador foi convidado de audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a Proposta de Emenda à Constituição

O governador Ronaldo Caiado (UB) voltou a criticar, nesta terça-feira (2/12), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública enviada ao Congresso Nacional pelo governo federal. Convidado para participar de uma audiência pública da comissão especial da Câmara dos Deputados, o chefe do Executivo goiano reforçou a posição contrária à medida e alertou para o risco de esvaziamento da autonomia dos estados na condução das políticas de segurança.

“Essa emenda diz que agora as diretrizes gerais não serão mais dos governadores. Sabemos que as diretrizes gerais do governo federal prevalecem sobre as diretrizes nos estados. Isso tira as prerrogativas dos governadores”, afirmou.

Caiado ainda fez questão de exemplificar as principais medidas adotadas em Goiás no âmbito da Segurança Pública durante sua gestão.

“Eu usufruo do direito concorrente. Em Goiás meus policiais não usam câmeras nos uniformes; faccionado não tem visita íntima nem conversas com advogados que não sejam gravadas. Tenho uma corregedoria austera e nunca aceitei milícia e hoje, somos o estado mais seguro do Brasil”, explanou e pediu apoio do Congresso Nacional para barrar pontos da PEC.

Críticas

Durante a audiência, o governador também lamentou a forma como a União tem distribuído recursos aos estados, afirmando que critérios políticos têm penalizado governadores que não são alinhados à esquerda e, consequentemente, atingindo o cidadão. “Para penitenciárias, recebi R$ 1 milhão [do governo federal] e investi R$ 340 milhões em construção de penitenciárias”, citou.

Também convidado para debater o tema, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas compartilhou experiências do estado, bem como as preocupações com a PEC e a esperança no trabalho da Comissão Especial que debate o tema.

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