Ministério Público denuncia vereadores por compra de votos

Sede da Câmara Municipal de Águas Lindas de Goiás – (Foto Arquivo)

Sufrágio ilegal teria acontecido em Águas Lindas de Goiás, nas eleições de 2020

O Ministério Público Eleitoral (MPE) ofereceu denúncia criminal contra os vereadores Everaldo Ramiro da Silva (Everaldo Veículos – atual presidente da Câmara Municipal) e Rogemberg da Silva Barbosa (hoje secretário municipal de Transportes), eleitos em 2020, e também contra o advogado Obenerval Nunes Bonifácio, por promoverem compra de votos, em Águas Lindas de Goiás.

De acordo com a promotora de Justiça Tânia d’Able Rocha de Torres Bandeira, no período de 27 de setembro a 14 de novembro, o vereador Everaldo, por quatro vezes, ofereceu e prometeu pessoalmente ou através de cabos eleitorais vantagens econômicas para obter votos.

Também na campanha, Obenerval Nunes, por três vezes, prometeu e pagou dinheiro a eleitores para que votassem nos candidatos Everaldo e um outro candidato.

Durante esse tempo, Rogemberg, por meio de parentes, ofereceu e prometeu dinheiro e outras vantagens econômicas com objetivo obter voto.

Como funcionava

A promotora Tânia d’Able Rocha relata que durante a campanha Everaldo orientou um cabo eleitoral a aliciar pessoas. Para isso, repassou a ele entre R$ 1.200,00 e R$ 1.800,00.

Segundo apurado, eram oferecidos R$ 150,00 e, caso o eleitor aceitasse a proposta, era retirada uma fotografia do título eleitoral e entregue R$ 100,00. Após a eleição, com cópia do comprovante de votação nas mãos, deveria informar a cor da camisa de Everaldo na urna eletrônica para receber os R$ 50,00 restantes.

Apurou-se ainda que Everaldo, em reunião política durante a campanha, prometeu às pessoas cestas básicas, fraldas e empregos, inclusive na prefeitura.

A promotora narra também que Obenerval deu a eleitoras R$ 50,00 para votarem nos candidatos Everaldo e em um outro candidato. Após a votação, as eleitoras foram à residência dele para receber o restante do combinado, ocasião em que tinham de informar a cor da camisa dos candidatos na fotografia da urna eletrônica.

Nas investigações, averiguou-se que Rogemberg estava pagando R$ 500,00 para quem aliciasse eleitores para venderem seus votos. (Com informações do MPGO)

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