“Não podemos tratar o coronavírus como um Fla x Flu”, alerta Caiado

Governador analisou a mudança de tom do presidente Bolsonaro em seu pronunciamento e ressaltou que a hora é de união entre os poderes

Em entrevista na manhã desta quarta-feira (1º) ao Jornal da Manhã, da CBN Nacional, apresentado por Milton Jung e Cássia Godoy, o governador Ronaldo Caiado (DEM) concluiu que ficou evidente a mudança de tom do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), em relação ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Para o goiano, o presidente percebeu a necessidade de ouvir entidades e que não cabe, em uma situação tão delicada como a que estamos enfrentando, que governantes adotem posturas que incitem a ansiedade e inquietude da população.

“Não podemos tratar o coronavírus como um Fla x Flu, colocando em um ‘time’ aqueles que são a favor da quarentena e, de outro lado, aqueles que são favoráveis da liberação, isolando apenas os idosos, como se isso fosse fácil, como se tivéssemos uma ‘mão mágica’. Estão todos no mesmo time, porque essa pandemia é algo que nunca nossa geração havia visto algo parecido”, alertou.

Ronaldo Caiado destacou que o momento clama por medidas rápidas e certeiras, embasadas em parâmetros técnicos e científicos, implementadas por meio da união entre os poderes constituídos, além de governadores e prefeitos.

Durante a entrevista, ao comentar a estrutura no Estado de Goiás, o governador citou a implantação do Hospital de Campanha em Goiânia, com 222 leitos, já pronto para atender à população. Mas frisou que a ausência de uma estrutura hospitalar regionalizada adequada aumenta a preocupação com uma incidência maior de casos graves da Covid-19.

“Há uma rede muito bem organizada na capital e cidades próximas, como Aparecida de Goiânia e Anápolis. Nas demais regiões, no entanto, estamos muito fragilizados; seja no extremo norte, como no extremo sul.” Citou como exemplo o Entorno do Distrito Federal, região alvo de muita preocupação. A população, majoritariamente carente e que precisa se deslocar até a capital federal para trabalhar, não conta com uma infraestrutura hospitalar adequada.

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