“O decreto assinado por mim vai prevalecer em Goiás”, declara Ronaldo Caiado

Em coletiva concedida à imprensa, o governador criticou duramente o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro

Após o pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido) feito na noite da última terça-feira (24), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou em entrevista coletiva que a responsabilidade de governar não pode ser terceirizada e que é preciso que os líderes adotem medidas preventivas a fim de reduzir as dificuldades e amenizar os riscos à população. Coletiva desta manhã marca o rompimento das relações políticas entre o governador de Goiás e o presidente da República.

“Cabe a um líder criar condições de diminuir as dificuldades”, disse o governador que ainda emendou: “Não cabe a mim, como governador, jogar a responsabilidade para os prefeitos. A responsabilidade é minha e eu assumo. Não me acovardarei diante deste momento”.

Caiado ainda enfatizou que está disposto a tomar medidas mais drásticas, caso seja necessário, com objetivo de evitar que os efeitos da pandemia se agravem no estado.

“Se tiver que tomar decisões, tomarei juntamente com o Supremo Tribunal Federal (STF) e com o Congresso Nacional. O artigo 24 da Constituição Federal propõe a governadores o direito de legislar sobre esta situação”, pontuou.

O governador ainda afirmou que não cabe ao presidente da República indicar ou especular a cloroquina para as pessoas, pois se trata de um medicamento que não possui recomendação dos especialistas e das autoridades de saúde. Outra questão mencionada pelo governador é de que Bolsonaro comunicou suas ações aos aliados de primeira hora apenas por meio de documentos e da imprensa, e que a partir de agora sua postura será a mesma.

O democrata ainda ainda comentou que a comunidade médica e as autoridades sanitárias do mundo todo não devem estar erradas em suas recomendações e que a pandemia provocada pelo coronavírus (Covid-19) não é uma “gripezinha” e que a “ignorância não é uma virtude”.

Além disso, Caiado enfatizou que o decreto permanece em vigor e que as pessoas devem respeitar as determinações impostas, a fim de se evitar o crescimento do número de infectados no estado, que já é de 29 casos confirmados.

“O decreto assinado por mim vai prevalecer em Goiás”, destacou o governador Ronaldo Caiado, que ainda enfatizou: “As decisões tomadas pelo presidente da República não vão influenciar as ações tomadas em Goiás”.

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