Prefeito em exercício filia-se ao partido de Tatá Teixeira, seu desafeto político
O prefeito em exercício de Aparecida de Goiânia, Veter Martins (MDB), foi convidado a se filiar em várias siglas, entre elas o Progressistas, o PSD, e o PSL. Resolveu aceitar convite do ex-deputado Vilmar Rocha e vai para o PSD, argumentado ainda que a filiação do senador Vanderlan Cardoso o teria motivado a procurar abrigo no ninho pessedista.
Até aí tudo bem se não fosse a disputa pela vaga de vice na chapa a ser encabeçada pelo prefeito Gustavo Mendanha (MDB) nestas eleições municipais.
É público e notório que Veter Martins tem desavenças internas na disputa pela vaga de vice com o secretário de Articulação Política, Tatá Teixeira, o presidente do PSD no município, que deixou feridas profundas expostas entre eles e dividiu o governo municipal, a ponto do próprio prefeito chamar a atenção dos dois dizendo que se não parassem de brigar nenhum seria escolhido seu vice.
Só que a corda permanece esticada. Veter já é o vice-prefeito e, naturalmente, tem o direito de reivindicar a vaga novamente, afinal, foi fiel, não deu dor de cabeça e jogou com o grupo.
Por sua vez, Tatá Teixeira montou um exército político-eleitoral formado por servidores comissionados (lideranças de bairros, religiosas e políticas), nomeados por ele a bel-prazer, e mantém-se firme no propósito de ser vice-prefeito de Aparecida em 2020, posição que o permitiria realizar o sonho de ser prefeito em 2024 – pelo menos se candidatar ao cargo -, da cidade que já foi administrada pelo seu pai, Norberto Teixeira.
Para chegar lá, Tatá Teixeira faz de tudo para derrubar Veter Martins ou quem aparecer na sua frente querendo a vaga de vice nestas eleições.
Está claro que a paz entre ambos não foi selada e muito menos a disputa cessou. Por isso, soa estranho essa filiação de Veter ao PSD. Afinal, os dois querem ser vice e agora estão no mesmo partido? O que está por traz disso?
Esta é apenas umas das perguntas que muitos personagens políticos estão se fazendo agora. A verdade é que esta filiação deu um nó na cabeça de muita gente.
Será que chegaram ao consenso e um abriu mão para o outro? Será que tem alguém inelegível nessa disputa? Ou será que nenhum deles será mais candidato a vice-prefeito?
Bom, pode ser também que Veter tenha se cacifado com o apoio de Vilmar Rocha, que o trouxe para o PSD, e com o respaldo de Vanderlan Cardoso que, assim como ele, é cristão novo no partido. Assim, ele começa a tirar a vantagem que, por muito tempo, Tatá pareceu ter sobre ele na disputa.
Mas, política é a arte de negociar, de articular, é um verdadeiro jogo de xadrez. Muda muito.
Magalhães Pinto, ex-governador de Minas Gerais, certa vez disse que “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. E ele tem razão. Está tudo mudado agora, resta esperar o que vai acontecer nos próximos capítulos.
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