"O sentimento é que os tradicionais grupos políticos de Porangatu lembram da nossa sociedade apenas na época das eleições", declara Márcio Luís

Pré-candidato a prefeito de Porangatu pelo MDB afirma que pretende debater ideias e projetos em prol do município e da comunidade porangatuense

O Goiás365 iniciou uma rodada de entrevistas com pré-candidatos a prefeito de Porangatu e nesta segunda edição o entrevistado é Márcio Luís (MDB). Na entrevista, o emedebista comenta sobre as articulações em torno do seu projeto eleitoral e ainda fala sobre as principais carências do município. Além disso, pontua sobre suas bandeiras de atuação e a importância do apoio do presidente estadual do seu partido, o ex-deputado federal Daniel Vilela.

Confira a entrevista na íntegra:

Goiás365 – Como estão às articulações em busca de apoio de outros partidos para a sua pré-candidatura?
Márcio Luís – O MDB já estabeleceu sólida parceria com o PDT, PRTB e PL para o nosso projeto de pré-candidatura. Continuamos a dialogar com outras forças políticas, buscando ampliar e reforçar nosso grupo político. Até as convenções muitas novidades poderão vir.

Goiás365 – Já há nomes na disputa pela vice na chapa? Quais são?
Márcio Luís – Felizmente já contamos com diversos e bons nomes para reforçar o projeto como pré candidato a vice na nossa chapa, mas a definição só ocorrerá nas convenções. Até lá, muito diálogo e respeito entre todos os postulantes.

Goiás365 – De maneira sintética, quais são as maiores carências de Porangatu?
Márcio Luís – Costumo dizer que Porangatu tem a faca e o queijo na mão. Temos uma localização geográfica privilegiada, estamos no coração do Brasil. Temos uma logística favorável, com a BR-153 e a ferrovia Norte Sul, que começa a dar os primeiros passos para efetivo funcionamento. Nossas terras são férteis e planas, possibilitando conciliar pecuária e agricultura. Nosso comércio é consolidado, abastecendo Porangatu e as cidades da região. Ademais, a nossa sociedade civil é extremamente organizada, tendo uma das melhores associações comerciais e sindicato rural do Estado de Goiás, clubes de serviço, igrejas, etc. Enfim, o que nos falta? Acima de tudo romper essa barreira que existe entre a sociedade e a prefeitura, além de fazer gestão. O sentimento é que os tradicionais grupos políticos de Porangatu lembram da nossa sociedade apenas na época das eleições, mas tão logo são eleitos, se fecham dentro de um pequeno grupo, inclusive familiar, e tomam decisões de âmbito coletivo baseado em impressões individuais.

Goiás365 – O áudio vazado atribuído a Heitor Valadares, que tratava sobre uma possível “negociata” com o Juninho do Bom Sucesso para apoiar sua pré-candidatura, trouxe algum tipo de desgaste para o seu projeto? O senhor tomará alguma providência judicial para esclarecer o caso?
Márcio Luís – A verdade é que muitos julgam os outros baseado no histórico de suas próprias condutas. Quem tem um passado de negociata, costuma enxergar tal prática como a única possível para a obtenção de um apoio político. Desta feita, não vou julgar o que foi tratado em conversas que eu não fiz parte, posso dizer das minhas e em todas elas, incluindo com o atual vice-prefeito, não foram envolvidas negociações obscuras. Não acionarei judicialmente a pessoa por você citada pelo fato dele não ter envolvido meu nome, mas pelo que tomei conhecimento, o atual vice-prefeito abriu uma representação criminal em desfavor desse rapaz.

Goiás365 – Há possibilidade de composição com outro pré-candidato a prefeito?
Márcio Luís – Sou novo nesse mundo da política, nunca fui candidato e nunca ocupei um cargo público eletivo, de maneira que estou num processo de intensa aprendizagem. Mas pelo pouco que sei, a política é arte de aglomerar pessoas e opiniões em prol de uma causa coletiva. Desta maneira, sempre estaremos a disposição para sentar e dialogar com todos, buscando ampliar e consolidar esse projeto, mas sem que isso signifique abrir mão da nossa essência, do nosso ideal, que é trazer uma alternativa segura para o futuro de Porangatu.

Goiás365 – Quem você considera como principal adversário político no município?
Márcio Luís – Time que quer ganhar campeonato não pode querer escolher adversário. Respeito todo mundo e acho que todos tem chance. Se eu pudesse escolher algo, não buscaria escolher o adversário, mas sim a forma de combate. Queria debater ideias, propostas, alternativas para o futuro de Porangatu. Não sou da linha da baixaria, intrigas pessoais, perseguição, exposição da família. Acho isso degradante e inútil num debate coletivo.

Goiás365 – Quantos pré-candidatos a vereador vão caminhar ao seu lado na campanha?
Márcio Luís – Estamos tendo a honra de ter o apoio de quatro partidos e todos com chapa completa de pré-candidatos a vereador, de maneira que, se tudo der certo, teremos 80 pré-candidatos.

Márcio Luís conta com o apoio do ex-deputado federal e atual presidente estadual do MDB Daniel Vilela – (Foto: Reprodução)

Goiás365 – Quais são as suas bandeiras de atuação?
Márcio Luís – Gosto muito de lidar com três palavras que julgo mágicas: diálogo, planejamento e inovação. Desde que você saiba ouvir e envolver as pessoas, organizar essas ideias e estabelecer uma plataforma de atuação, tendo a coragem de inovar e fazer diferente, as possibilidades de sucesso são gigantescas. Saber ouvir, organizar e ter coragem de fazer diferente: o resumo do que julgo ser uma gestão de sucesso.

Goiás365 – De que maneira o presidente do MDB Daniel Vilela tem contribuído para com o seu projeto?
Márcio Luís – Antes de uma definição partidária eu tive a honra de conhecer e dialogar com inúmeras lideranças políticas estaduais e a todos sou muito grato e me senti muito honrado com a oportunidade, mas Daniel Vilela é de fato diferente. Visionário, humilde, prestativo, organizado, um líder político que se destaca até quando não quer. Tem sido a principal coluna de sustentação desse projeto. Tenho muita honra de ter o seu apoio.

Goiás365 – Se eleito, qual seria a sua primeira ação como prefeito de Porangatu?
Márcio Luís – Colocar desde já em prática aquelas três palavras mágicas que citei: diálogo, planejamento e inovação. Muitas reuniões, muitas conversas, atendimento constante. O prefeito não pode atender o seu povo só em ano de eleição. As instituições podem e devem ser parceiras da gestão. Vamos fazer um “caldeirão” de ideias para planejarmos nossas ações, definindo calendário de realizações, atuando de maneira coordenada. Sempre buscando manter o que está dando certo e consertando o que não está legal, sempre com o viés da inovação.

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