Operação Mambaí: PC investiga organização criminosa que atuava na Agetop

Mandados de busca e apreensão são cumpridos em cinco municípios goianos

A Polícia Civil deflagrou, na madrugada desta quinta-feira (12), uma operação com objetivo de desarticular uma organização criminosa, cuja investigação aponta envolvimento de servidores da antiga AGETOP (Agência Goiana de Transporte e Obras), associados com membros de empresas privadas. A Operação Mambaí, como é chamada, é coordenada pela Superintendência de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP GO) e pelo Grupo Especial de Combate a Corrupção (GECCOR), envolveu cinco municípios e mais de 100 policiais civis.

De acordo com as investigações, um grupo atuava com divisão de tarefas direcionadas à estruturação e desvio de recursos das obras do Aeródromo de Mambaí, região nordeste de Goiás entre os anos de 2014 e 2018. Os indícios apontam que a atuação da organização criminosa resultou na apropriação do valor não atualizado de R$ 2.213.745,53, pagos a uma das empresas, que não executou a obra, após ordem de despesa realizada pela Presidência da antiga AGETOP.

O delegado Luiz Gonzaga, da GECCOR, informou que as investigações duraram cerca de seis meses e que resultaram no cumprimento de mandados de busca e apreensão em 17 alvos nas cidades de Goiânia, Anápolis, Pirenópolis, Nerópolis e Santo Antônio de Goiás envolvendo sete pessoas e duas empresas privadas. “Documentos, computadores e celulares serão objetos de análise da polícia e a partir disso com o que já temos de indícios contra os investigados, esperamos concluir a operação e responsabilizar os envolvidos por esse desvio milionário”, explicou.

A investigação apurou, ainda, que as obras do aeródromo iniciaram em local diferente do previsto no contrato administrativo, sem escritura pública, inclusive em parte do território do Estado da Bahia, executando serviços medidos e pagos com adiantamento ou executados a menos (superfaturamento), conforme Laudos de Inspeção da atual administração da (Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (GOINFRA), atual nome da pasta. Ainda de acordo com as autoridades, os crimes investigados na operação são o de peculato, infrações penais próprias da Lei de Licitação, participação em organização criminosa e possível lavagem de capital.

O chefe da pasta da segurança, Rodney Miranda, lembrou que esta ação que envolve esquemas da antiga Agetop foi uma, entre as grandes operações realizadas de combate à corrupção. O secretário garantiu que há mais trabalho para ser feito como em operações que envolveram o “Detran e o Ipasgo”. Além disso, Rodney Miranda, apelou para que a população goiana, servidores ou não, denunciem sempre casos de corrupção e desvio de recursos públicos pelo número 181.

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