Deputado federal afirma que deixa a sigla “em razão de motivos alheios” à sua vontade. Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente investiga crime que teria objetivo de ocultar relação íntima do parlamentar com um adolescente
O deputado federal Professor Alcides oficializou a sua saída do Partido Liberal (PL) no último sábado (25/01), após apresentar carta de desfiliação ao presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto. No documento, Professor Alcides afirma que deixa a legenda por “motivos alheios” à sua vontade. A decisão de deixar a sigla ocorre em meio a investigação da Operação Peneira, deflagrada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) no dia 12 de dezembro de 2024.
“Em razão de motivos alheios a minha vontade, e após análise cuidadosa de questões políticas e ideológicas que envolvem o atual cenário partidário, e por questões de foro íntimo, entendo que, para o pleno exercício do mandato conferido pelo povo goiano, torna-se necessária minha desfiliação da agremiação partidária”, diz o documento.
O parlamentar ainda pede que o partido considere que a sua saída não implique prejuízo ao exercício do mandato de deputado federal.
“Diante do exposto, solicito a Vossa Excelência, na qualidade de Presidente Nacional do Partido Liberal, a anuência para minha saída da referida agremiação partidária, com o objetivo de garantir minha permanência no exercício do mandato de Deputado Federal, sem prejuízo de minha atuação política e em conformidade com os preceitos constitucionais e legais aplicáveis.”, diz carta assinada por Professor Alcides.
Operação Peneira
No dia 12 de dezembro de 2024, a Polícia Civil, por meio da DPCA, deflagrou a Operação Peneira, que cumpriu três mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão em Aparecida de Goiânia. Um dos alvos foi um assessor do deputado federal Professor Alcides que trabalha como segurança.
Os alvos da ação são investigados por suspeita de cometerem crime de roubo majorado pelo concurso de pessoas e ameaça por meio da utilização de armas de fogo contra um adolescente.
Conforme a DPCA, o crime estaria relacionado ao objetivo de apagar vídeos, fotos e conversas armazenados nos aparelhos telefônicos, bem como salvos no iCloud, com o objetivo de ocultar relação íntima do parlamentar com o adolescente.
Confira a carta na íntegra:
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