OPERAÇÃO TERRA FRACA: José Eliton diz que não há referência a ele na investigação

Ex-governador José Eliton: “indignado, mas tranquilo” – (Foto Arquivo)

Ex-governador declara que juiz pode ter sido induzido ao erro ao assinar mandados de busca e apreensão em sua casa e no seu escritório

O ex-governador de Goiás, José Eliton (PSDB), um dos alvos da Operação Terra Fraca, deflagrada nesta terça-feira (15) pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), emitiu nota oficial nesta quarta-feira (16) comentando o assunto.

José Eliton destaca que a autoridade policial, ao requerer a cautelar de busca e apreensão, faz referência a Operação Decantação 2, de 2019, na qual ele foi ouvido como testemunha pela Polícia Federal (PF) e não como investigado.

Na nota, ele esclarece que a PF analisou vasta documentação e objetos apreendidos na época e não encontrou nenhuma ilicitude.

O ex-governador diz que o juiz pode ter sido induzido ao erro em sua decisão.

Ele afirma ainda que seu nome não é citado na investigação, o que “causa estranheza e indignação, principalmente com a apreensão de dois celulares e de um computador em sua residência em Goiânia”.

Na nota, José Eliton mostra-se “indignado, mas tranquilo”.

A investigação apura desvio de recursos públicos da antiga Agetop, hoje Goinfra.

Veja a íntegra da nota:

NOTA OFICIAL

José Eliton

Em relação a Operação “Terra Fraca”, deflagrada ontem pela Polícia Civil do Estado de Goiás, o ex-governador José Eliton tem a esclarecer os seguintes fatos, depois de ter acesso ao conteúdo do inquérito policial e da decisão da Justiça do Estado de Goiás: Ao analisar as 895 páginas do inquérito, o ex-governador enfatiza que o seu nome não é citado UMA ÚNICA VEZ SEQUER. Não há qualquer referência à sua pessoa, direta ou indiretamente, em todo o material que baseia a operação policial. Razão pela qual, por si só, já causa estranheza e indignação, principalmente com a apreensão de dois celulares e de um computador em sua residência em Goiânia.

O ex-governador destaca ainda que a autoridade policial do Estado, ao requerer a cautelar de busca e apreensão, faz referência unicamente a Operação Decantação 2, de 2019, em que José Eliton foi ouvido como DECLARANTE (não como investigado) pela Polícia Federal. Naquela oportunidade, o ex-governador prestou todos os esclarecimentos às autoridades, inclusive com entrega de vasta documentação.

Todos os seus objetos apreendidos na época, foram amplamente analisados e periciados pela PF, que não encontrou nenhuma irregularidade ou ilicitude, fato este comprovado em próprio laudo da instituição, os devolvendo logo em seguida ao proprietário.

Estranhamente, esses relevantes fatos (esclarecimentos à PF, com entrega de ampla documentação, e perícia nos celulares e computadores) não foram referenciados pela Polícia Civil de Goiás ao juiz que assinou a cautelar de busca e apreensão. Isto pode ter induzido o magistrado ao erro na sua decisão.

É sabido que José Eliton exerce papel relevante e público como oposição ao atual Governo do Estado, tendo inclusive concedido entrevistas nesse sentido para vários veículos de comunicação.

Embora lamente que os direitos fundamentais no Brasil têm sido violados sistematicamente, o ex-governador enfatiza que embora profundamente indignado, está absolutamente tranquilo. Não há imputação em relação à sua conduta ou sobre qualquer fato que tenha feito ou deixado de fazer, como fica evidente no próprio inquérito da operação desta semana como destacado anteriormente. Enfatiza ainda a sua plena confiança na Justiça de Goiás e informa que vai tomar todas medidas judiciais para garantia de seus direitos.

Por fim, José Eliton informa que continuará com o seu trabalho, em total respeito aos valores constitucionais, na defesa das liberdades, com críticas e ponderações que entender pertinentes sempre com o objetivo de colaborar com o debate democrático na luta por um futuro melhor e mais justo para todos os goianos e todos os brasileiros.

José Eliton

Ex-governador de Goiás 16/06/2021

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