Base do presidente na Câmara afirmam que que não há base legal para avançar o processo de impedimento
Da Agência Câmara de Notícias
Partidos de oposição protocolaram mais um pedido de impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido) nesta quarta-feira (31). Os parlamentares alegam que ele cometeu crime de responsabilidade ao demitir o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, para usar as Forças Armadas politicamente. Segundo a oposição, Bolsonaro atentou contra a democracia e contra a Constituição.
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que a troca na área militar não foi motivada por questões administrativas, mas pelo fato de o ex-comandante do Exército Edson Leal Pujol não ter se manifestado contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular a condenação do ex-presidente Lula (PT).
O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), afirmou que Bolsonaro precisa ser afastado imediatamente. “As Forças Armadas não podem ser tratadas como milícias, esse tema é um tema que ele conhece bem, conhece de perto. Quero dizer que quem tem exército particular, quem tem “meu exército” é dono de milícia, e não chefe de estado”, afirmou Freixo.
O líder do PSL, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que não há base jurídica para o impeachment. “É mais uma tentativa dentre outras que não frutificaram. O presidente segue firme salvando vidas e preservando empregos”, defendeu o líder.
O deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) também criticou o pedido da oposição. “Pegam esse fato, aliado a questões da Covid, e sabemos que o presidente não tem nenhuma culpa, para protocolar novos pedidos. Todos serão arquivados porque não têm respaldo jurídico”, criticou Jordy.