PC identifica 98 pessoas que receberam irregularmente o auxílio emergencial

Operação Voucher foi deflagrada pela Polícia Civil nesta semana

A Polícia Civil de Goiás desencadeou nesta semana, entre segunda e quinta-feira (21) a Operação Voucher. A ação mobilizou todas as delegacias regionais no Estado com o objetivo de cumprir mandados de prisão em aberto contra pessoas que receberam o auxílio emergencial do Governo Federal concedido no período de enfrentamento à pandemia do Covid-19.

Alguns dos alvos que receberam o benefício já estavam reclusos em cadeias públicas. Foram presas, até o momento, 98 pessoas, sendo que 15 delas já estavam presas quando receberam o benefício.

As prisões foram cumpridas após compartilhamento de informações por parte da Controladoria-Geral da União (CGU) com a Polícia Civil. A CGU disponibilizou uma relação contendo o nome dos indivíduos que receberam o auxílio financeiro e possuíam mandado de prisão em aberto.

As pessoas presas na Operação Voucher são suspeitas de cometerem os crimes de falsidade ideológica (art. 299, CP – pena de reclusão de 1 a 5 anos) e estelionato (art. 171,§ 3º – pena de reclusão de 1 a 5 anos). A maior parte delas recebeu parcela de R$ 600, havendo casos em que os suspeitos receberam R$ 1.200 em uma única parcela. Mais da metade dos presos admitiram ter recebido a primeira parcela do auxílio emergencial.

O nome da operação é uma alusão ao programa do Governo Federal de auxílio emergencial conhecido como “Coronavoucher”. A Operação Voucher teve a participação de 300 policiais civis e 80 viaturas. Os presos, após cumprimento dos mandados, foram ouvidos em Termos de Declaração. As declarações prestadas pelos detidos serão encaminhadas à Polícia Federal para a tomada das providências legais cabíveis.

A PCGO não empreendeu nenhuma investigação sobre esses recebimentos indevidos do auxílio emergencial por se tratar de crime federal. A PCGO apenas deu cumprimento aos mandados de prisão de pessoas apontadas pela CGU como detentoras de ordem de prisão em seu desfavor e cujo nome estava na relação encaminhada pela CGU.

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