Investigados são de São Paulo e atuavam em toda a região do Vale do São Patrício
A Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia de Ceres, identificou os principais suspeitos de terem cometido crimes de estelionato em série, na modalidade golpe do motoboy ou cartão clonado, ocorridos em Ceres e outras várias cidades do Vale do São Patrício e Norte Goiano entre os dias 12 a 15 deste mês de junho.
Após tomar conhecimento de ao menos seis estelionatos ocorridos na cidade de Ceres, no último dia 12 de junho, policiais civis realizaram diligências e obtiveram imagens de câmeras de segurança que flagraram um suspeito e um veículo GM ÔNIX, cor azul, utilizado pela associação criminosa na prática dos delitos, bem como mapearam possíveis máquinas de cartão utilizadas pelo bando.
Na última segunda-feira (15), após a divulgação da prática delituosa em toda região, policiais militares de Mara Rosa conseguiram prender em flagrante Bruno Santos Santana e David dos Santos Ramos pela prática dos crimes de estelionato e associação criminosa, além de apreenderem quatro máquinas de cartão e o veículo GM ÔNIX, cor azul, utilizado pelos suspeitos.
De imediato, uma equipe da Polícia Civil em Ceres deslocou-se até a cidade de Mara Rosa. Os suspeitos foram interrogados e confessaram a prática de ao menos quatro estelionatos na cidade de Ceres. A dupla veio do Estado de São Paulo em um veículo locado, a mando de outros coautores ainda não identificados, para cometer os crimes.
Golpe
Este golpe, que tem aumentado consideravelmente no período da pandemia da Covid-19, tem uma engenharia social que leva a vítima, geralmente idosa, por meio de ligação telefônica, em regra, para um telefone fixo, a acreditar que seu cartão bancário foi clonado. O interlocutor da ligação, se passa por funcionário da instituição financeira, a induz a fornecer os dados do cartão, inclusive a senha alfanumérica. Posteriormente, alegando que o cartão precisa ser retido ou levado até a polícia, faz com que a vítima o entregue a uma pessoa que irá buscá-lo em nome do banco. O serviço de busca é feito, muitas das vezes, por motoboys contratados, os quais nem sempre têm conhecimento de que participam de um golpe. Com o cartão e a senha em mãos, o golpista faz “a festa”, gastando todo o saldo existente na conta da vítima.