Operação Attack Mestre apura crimes praticados contra diversas empresas em vários estados
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), prendeu preventivamente nessa terça-feira (29) um homem, de 31 anos de idade, apontado como principal coordenador de diversos ataques DDoS praticados contra empresas de diversos Estados da Federação.
O investigado já havia sido preso pela DERCC, no dia 31 de agosto deste ano, em decorrência da Operação Attack Mestre, realizada pelas Delegacias de Crimes Cibernéticos dos Estados de Goiás e Tocantins, em parceria com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, mas atualmente respondia às investigações em liberdade.
Porém, na manhã de ontem, o delegado Claudemir Luiz Ferreira, da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos do Tocantins, comunicou à delegada titular da DERCC/PCGO, Sabrina Leles, que havia sido expedido novo mandado de prisão preventiva em desfavor do mesmo investigado. Foram então realizadas diligências que resultaram no cumprimento da prisão preventiva dele.
O preso é proprietário de uma provedora de internet, localizada no Setor Santos Dumont, em Goiânia. Por meio das investigações policiais dos Estados de Goiás e Tocantins, foram levantadas diversas provas que o apontam como suposto responsável e coordenador de vários ataques cibernéticos, nos quais ele se identifica pela alcunha de “Guerreiro”.
Após o cracker “Guerreiro” atacar o sistema de empresas, que também são provedoras de internet, ele exigia o pagamento de valores em bitcoins e somente cessava os ataques após realizado o pagamento. Os ataques de negação de serviço (DDoS) causam prejuízo para as empresas vítimas, pois sobrecarregam seu servidor e interrompem o fornecimento de sinal de internet para os clientes das empresas vítimas, o que acaba resultando em perda de muitos clientes das provedoras atacadas.
O empresário preso, além de ser apontado como responsável por realizar ataques virtuais, era o administrador de um grupo de WhatsApp, denominado “Escritório do Guerreiro”, no qual os participantes trocavam experiências e técnicas para realização de Ataques DDoS. Ele agora segue à disposição do Poder Judiciário e será recambiado para o Estado do Tocantins.