Investigação apura contratos firmados entre a prefeitura e empresas ligadas a amigos e parentes do chefe do Executivo e de agentes públicos entre os anos de 2017 e 2024
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), deflagrou nesta terça-feira (18), a operação “Pacto Sistêmico” decorrente de inquérito policial que apura diversos crimes praticados contra a administração pública municipal de Cidade Ocidental entre os anos de 2017 e 2024.
A PCGO investiga crime como corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes em licitações e contratos administrativos, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O prejuízo estimado chega a R$ 59,1 milhões, distribuídos entre 10 empresas, sendo a maioria pertencente a grupos empresariais ligados a agentes públicos.
Foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão nos municípios de Cidade Ocidental, Valparaíso, Novo Gama, Luziânia e no Distrito Federal, com a participação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A investigação apura contratos milionários firmados entre a prefeitura e empresas ligadas a amigos e parentes do chefe do Executivo entre 2017 e 2024 e de agentes públicos municipais.
Irregularidades
Foram constatadas irregularidades em setores como manutenção de veículos da prefeitura, locação de automóveis, informática, obras públicas e monitoramento de espaços municipais.
Muitos contratos foram firmados com sobrepreço, sem justificativa ou com dispensa irregular de licitação, além de aditivos contratuais que aumentaram indevidamente os valores pagos.
Alguns agentes públicos investigados apresentaram evolução patrimonial incompatível com seus rendimentos e ostentavam em redes sociais sinais de enriquecimento ilícito.
O nome da operação faz referência a um suposto esquema de corrupção sistêmica envolvendo recursos municipais, estaduais e federais ao longo de oito anos.