Grupo de Repressão a Latrocínios da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Garra/Deic) desvenda autoria do latrocínio praticado contra Walter Pereira Natal, de 68 anos, com requinte de crueldade, na Vila Irany, na capital
O Grupo de Repressão a Latrocínios da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Garra/Deic) desvendou a autoria do latrocínio praticado contra Walter Pereira Natal, de 68 anos, com requinte de crueldade, em abril deste ano, na Vila Irany, em Goiânia.
No dia 22 de abril deste ano, por volta das 18 horas, um sobrinho da vítima se dirigiu até sua casa, após familiares não conseguirem estabelecer contato telefônico ou via aplicativo de mensagens com o mesmo. No local, se deparou com o portão apenas encostado e encontrou-o morto por estrangulamento na sala, com as mãos e pés amarrados, vendado, amordaçado e com desenho de um órgão genital masculino feito a caneta em seu peito.
A casa foi revirada, os móveis estavam fora do lugar e faltavam aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos, além do carro e da moto da vítima. Foi constatado que o crime ocorreu no dia anterior. O carro e a motocicleta foram abandonados em via pública, após colisão do automóvel contra um semáforo e a moto apresentar problemas mecânicos. Os veículos foram apreendidos, periciados e devolvidos.
Imagens de circuito de segurança de imóveis situados próximo ao local do acidente demonstraram que eram quatro rapazes, os quais, depois do abalroamento, fugiram a pé. Por meio de exames papilares, foi possível chegar a um dos autores, um menor infrator, e qualificar ainda os outros três maiores participantes do crime. Após serem detidos, confessaram a autoria do crime.
A investigação aponta que os indiciados convidaram o menor infrator a roubar os veículos. Foram até a casa da vítima, a qual já era conhecida de um deles, onde dois pularam o muro e se esconderam na garagem, enquanto os outros dois bateram no portão, para, assim, fazê-la sair da casa, oportunidade em que foi dominada por um deles com um golpe mata-leão, momento em que o portão foi aberto pelo outro autor e os demais ingressaram na casa.
A vítima foi amarrada, vendada e sufocada com uso de pano embebido com álcool, ocasião em que desfaleceu e, subjugada, foi espancada brutalmente com chutes contra seu rosto. Ao final, teve desenhado no peito a figura de um órgão genital masculino, gesto que teve o intuito de desmoralizá-la.
As prisões temporárias dos indiciados foram transformadas em prisões preventivas, sendo que os maiores responderão por latrocínio e corrupção de menores. O menor, internado provisoriamente, está sendo processado pelo ato infracional análogo ao crime de latrocínio.