Também foram para a cadeia um advogado e um policial civil. As prisões foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
O prefeito de Palmas (TO), Eduardo Siqueira Campos (Podemos), um advogado e um policial civil foram presos preventivamente pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (27/6), no âmbito da nova fase da Operação Sisamnes. As prisões foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF aprofunda as investigações sobre a existência de uma organização criminosa responsável pelo vazamento sistemático de informações sigilosas, oriundas de investigações em curso no Superior Tribunal de Justiça, com impacto direto sobre operações da Polícia Federal.
Policiais federais cumpriram três mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e medidas cautelares diversas, autorizadas pelo STF, na capital do Tocantins.
Informações confidenciais vazadas
A apuração revelou indícios de que informações confidenciais estariam sendo antecipadamente acessadas, articuladas e repassadas a investigados, com o envolvimento de agentes públicos, advogados e operadores externos.
O grupo é suspeito de utilizar desses dados sensíveis para proteger aliados, frustrar ações policiais e construir redes de influência.
Pedido de afastamento
No mês de maio deste ano, Eduardo Siqueira Campos foi alvo de buscas, quando a PF pediu o afastamento dele do cargo, negado pela Justiça.
O prefeito de Palmas é investigado por supostamente ter vazado informações sigilosas para o advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), em 2024.
Informações para o tio
Thiago Barbosa está preso desde março deste ano, acusado de ter conseguido acesso a inquérito sobre investigação contra o governador e repassado informações para o tio.
Wanderlei Barbosa nega o fato. Ele não é alvo da PF.