Durante reunião com chefes das 42 unidades básicas da cidade, chefe do Executivo destacou a necessidade de atendimentos mais humanizados e resolutivos para aprimorar a rede e desafogar as unidades de urgências
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela, participou nesta quarta-feira (15/10), de uma reunião técnica com os chefes das 42 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do município. O encontro, realizado na Cidade Administrativa pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), teve como foco os impactos da nova política federal de cofinanciamento da Atenção Primária à Saúde (APS) e os desafios enfrentados pela rede municipal.
Ao lado do vice-prefeito João Campos e do secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, Vilela destacou a importância de um atendimento mais acolhedor e resolutivo nas unidades. Segundo ele, esse aprimoramento contribui diretamente para a segurança dos pacientes e ajuda a desafogar as unidades de urgência 24 horas.
“Temos colocado as contas em dia e avançado bastante, enfrentando problemas herdados e desafios crescentes da saúde pública, que é prioridade da nossa gestão. Mas ainda há muito a fazer. Trabalhamos para oferecer alto nível técnico e acolhimento humanizado, sempre buscando melhorar a vida de cada pessoa”, afirmou o prefeito.
Empenho
O vice-prefeito João Campos reforçou o pedido por maior empenho dos gestores e destacou a importância do diálogo direto com as equipes. “Estamos todos aqui, face a face, em mais uma excelente oportunidade de debater dificuldades, reconhecer vitórias e buscar soluções de forma franca e efetiva”, disse.
Atenção integral
Já o secretário Alessandro Magalhães cobrou atenção integral ao funcionamento das UBS’s, desde a recepção até os atendimentos médicos, encaminhamentos, checagens e gestão de pessoal. Ele também destacou a importância da manutenção dos espaços, da produtividade das equipes, da melhoria dos fluxos internos e do conhecimento técnico sobre as normas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Novo modelo de financiamento
O superintendente de Atenção à Saúde, Gustavo Assunção, apresentou aos gestores o novo modelo de financiamento federal da APS, o Brasil 360, que substitui gradualmente o Previne Brasil. Regulamentado pela Portaria GM/MS nº 3.493/2024, o programa visa ampliar a equidade na distribuição de recursos, favorecendo municípios com maior vulnerabilidade social e desafios estruturais.
Mais recursos para a Saúde
O Brasil 360 estabelece três eixos principais de repasse: capitação ponderada, que considera o número de pessoas cadastradas e o perfil socioeconômico da população; pagamento por desempenho, baseado em indicadores de saúde; e incentivos para ações estratégicas, como Saúde Bucal e equipes multiprofissionais.
Segundo o Ministério da Saúde, o novo modelo prevê aumento de cerca de 28% nos repasses da Atenção Primária em 2025, alcançando R$ 35 bilhões em investimentos. Durante o encontro, foram debatidas ainda a atualização dos cadastros de usuários, a adaptação das equipes aos novos critérios de desempenho, a necessidade de novos investimentos no setor, o aumento da demanda por atendimentos, as internações evitáveis por doenças descompensadas, a fila por consultas especializadas e outros desafios relacionados ao acesso e à continuidade do cuidado.