Prefeitura de Aparecida recebeu frascos com menos doses da CoronaVac

Frascos da CoronaVac, que deveriam ter 10 does, estão chegando com 7, 8, 9 doses, denuncia coordenadora – (Foto Claudivino Antunes/Secom Aparecida)

Coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde classificou o problema como “falha técnica”

A prefeitura de Aparecida de Goiânia teve que suspender neste sábado (10) a vacinação da 1ª dose contra a Covid-19 para os idosos acima de 62 anos porque acabou o imunizante enviado ao município pelo Ministério da Saúde (MS), através da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Este é um problema que será sanado rapidamente. Mas outro, muito grave, está sendo verificado não só em Aparecida e precisa ser investigado imediatamente pelas autoridades policiais.

Os frascos da vacina CoronaVac, que deveriam ser distribuídos aos municípios com 10 doses, estão chegando com menos. Em alguns casos, com apenas sete doses.

A presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems), Verônica Savantim, denunciou o caso durante reunião ao vivo do governador Ronaldo Caiado (DEM) com prefeitos na semana passada.

Ela informou que secretários municipais de saúde vêm relatando que algumas ampolas de vacinas contra Covid-19 têm chegado às cidades com menos doses do que o previsto.

Em aparecida de Goiânia está acontecendo a mesma coisa. Em entrevista ao site oficial da prefeitura (www.aparecida.go.gov.br), a coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Renata cordeiro, denunciou o problema que ela preferiu acusar de “falha técnica”.

“Infelizmente, os últimos lotes de vacinas que temos recebido do Ministério da Saúde (MS) têm apresentado uma falha técnica em relação à quantidade de doses (10), que tem dado uma quantidade menor, cerca de 7,8 e 9 doses em cada frasco. Isso acaba contabilizando uma quantidade de doses a menos para o município”, disse a coordenadora.

Em sua defesa, o Instituto Butantan, que produz a vacina, alegou ‘prática incorreta’ no uso dos frascos.

No início de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que o Butantan alterasse o volume do frasco da CoronaVac para evitar desperdício do imunizante.

Assim, cada frasco passou de 6,2ml para 5,7 ml, com a manutenção de 10 doses por unidade.

O que estaria acontecendo, então? Seria uma fraude ou falha técnica?

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