Decisão foi tomada pela categoria durante assembleia geral promovida pelo sindicato
Nesta quinta-feira (14), professores e servidores administrativos da rede municipal de Educação anunciaram greve. A decisão foi tomada em assembleia geral, realizada em frente a Cidade Administrativa.
Durante a reunião, que contou com a presença do presidente municipal do Sintego, Valdeci Português e do vereador Willian Panda (PSB), os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pela Prefeitura e optaram pelo movimento grevista.
Conforme os trabalhadores, haverá paralisação total das atividades todas as terças e quintas-feiras, começando já na próxima terça-feira (19). O prazo da greve é indeterminado.
Os servidores já informaram pais e responsáveis de alunos por meio de comunicado colocado nos cadernos das crianças.
Proposta
A Prefeitura apresentou proposta de pagamento do reajuste do piso de 3,62% e a categoria busca o reajuste de pelo menos 8,63%, sendo 5,01% referente a 2015 mais 3,62% referente a 2024, sob a justificativa de que hoje a defasagem do piso nacional se encontra em 21,87%.
Posicionamento
A reportagem do Goiás365 procurou a Prefeitura de Aparecida de Goiânia que informou que a Secretaria Municipal de Educação não foi notificada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINTEGO). Esclareceu ainda que tem dialogado com a categoria “para o acerto do pagamento do reajuste do pagamento da data base de 2024”.
Confira a carta emitida pela categoria:
INFORME SOBRE A ASSEMBLEIA DO DIA 14/03
Hoje, 14/03, mais uma vez a categoria se reuniu em assembleia para deliberar sobre a proposta da prefeitura para pagamento do reajuste do piso de 3,62% e algumas poucas progressões verticais.
A categoria rejeitou tal proposta que não é mais que obrigação da prefeitura em cumprir o reajuste determinado pelo FUNDEB e o plano de carreira.
Foi então proposto e aprovado pela categoria que uma nova proposta seja levada à prefeitura concedendo o reajuste de pelo menos 8,63% (5,01% de 2015 + 3,62% de 2024) para no mínimo, diminuir a defasagem do piso nacional que hoje se encontra em 21,87%.
Foi também deliberado que estejamos em luta permanente, em estado de greve junto aos nossos companheiros do administrativo paralisando nossas atividades escolares toda terça e quinta.
A educação não pode caminhar com sectarismo entre seus segmentos. A prefeitura trata a educação com descaso plantando em nós formas de desunião para que assim estejamos enfraquecidos. Precisamos mostrar que, a união dos trabalhadores da educação e a comunidade por ela atendida tem força e merece valorização, respeito e qualidade, pois pagamos muitos impostos, e o retorno para todos se faz urgente.