Projetos propõem reconhecimento de comidas típicas goianas como patrimônio histórico cultural

O deputado Coronel Adailton (Progressistas) apresentou na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego),  os projetos nº 4479/21, nº 4478/21, nº4477/21, todos reconhecem comidas típicas do estado de Goiás como patrimônio histórico cultural e imaterial goiano. 
O projeto nº 4479/21, reconhece a pamonha goiana como patrimônio cultural. Segundo Adailton, em Goiás é comum a prática das pamonhadas. ‘‘A pamonhada é costume ainda vivo no interior e já raro nas cidades, é um dos momentos mais esperados do ano. É quando as famílias e amigos se reúnem para a colheita do milho e o preparo da iguaria. O ato de comer, como já provaram os antropólogos, possui uma importante significação social. Reforça os laços em comum e auxilia a preservar a memória coletiva transmitida de pai para filho’’, diz.
Já o projeto nº 4478/21, reconhece a Chica Doida, tradicional iguaria goiana, que foi criada há mais de 70 anos pela família do Sr. João Rocha e Dona Petronilha, moradores do município de Quirinópolis, em Goiás, e se tornou um ícone da gastronomia goiana. O parlamentar destaca que o prato, também preparado com o milho, se espalhou e está presente não só em Goiás, mas também em outros estados do Brasil. 
Praticamente todas as pamonharias de Goiânia adotaram o prato em seus cardápios. Várias versões foram criadas por renomados Chefs de Cozinha. A Chica Doida também inspira nomes de estabelecimentos de gastronomia como o Bar Chica Doida em Goiânia e o quiosque da Praia do Sol em Minaçu, no norte goiano
Por fim, o projeto nº 4477/21, reconhece a marmelada de Santa Luzia (GO) como patrimônio cultural e imaterial goiano. O projeto destaca que no Quilombo Mesquita localizado no município de Cidade Ocidental (GO), área que já pertenceu ao município de Luziânia, que a famosa marmelada de Santa Luzia é produzida há mais de um século. 
‘‘Toda a produção da Marmelada de Santa Luzia é artesanal, em pouca quantidade e apenas sob encomenda. O doce é feito em tachos de cobre e embalado em caixas de madeira, também feitas pelos produtores. Segundo os artesãos, esse é o segredo para aumentar a durabilidade do produto. A receita da marmelada e as plantações da matéria-prima passaram de geração a geração’’.
Adailton afirma que os poucos produtores da Marmelada vem lutando pela preservação do legado deixado pelos seus antepassados, dando sequência a tradição de preparo do doce de forma artesanal que também representa o sustento da família e de tantas outras do Quilombo Mesquita.
Os três projetos estão na Comissão de Constituição, Justiça e Redação já distribuídos para os relatores. 

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