Secretário de Assistência Social, Mizair Lemes é um dos investigados em operação contra fraudes em licitação

Gestor é apontado como facilitador em de interesses de grupo criminoso

Um dos investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Goiás (MP-GO) na Operação Grande Famiglia, deflagrada na manhã desta quarta-feira, dia 12, é o secretário municipal de Assistência Social de Goiânia, Mizair Lemes. Ele e outros envolvidos são acusados de fraude em licitações.

Mizair é apontado como facilitador dos “interesses do grupo criminoso” em um dos áudios da investigação.

Ele também estaria distribuindo cestas básicas de forma “direcionada, atendendo a pedido de amigos, violando o cronograma de entregas e o princípio da impessoalidade, o que pode configurar, em tese, crime de peculato”.

Segundo o Gaeco, a Operação Grande Famiglia visa desarticular organização criminosa especializada em simular competição em procedimento licitatório referente à aquisição de cestas básicas no Município de Goiânia, sacos de lixo e outros itens, mediante a utilização de diversas pessoas jurídicas pertencentes ao mesmo grupo familiar.

Estão sendo cumpridos 8 mandados de prisão (sendo 2 preventivas e 6 temporárias) e 17 mandados de busca e apreensão (8 em residências, 4 em empresas privadas e 4 em órgãos públicos e 1 em entidade do terceiro setor). São eles: Prefeitura de Goiânia, Secretaria Municipal de Assistência Social, Comurg, prefeitura de Aparecida de Goiânia e Sesc.

Durante as investigações, observou-se que uma das empresas da organização criminosa celebrou, em 2020, contrato no valor de R$ 5.002.500,00, por dispensa de licitação, para fornecer 75 mil cestas básicas para a população carente de Goiânia, em razão da pandemia pela Covid-19.

A investigação aponta que, durante a execução do contrato, o grupo criminoso apresentou documentos falsos para aumentar o valor do contrato e maximizar os lucros.

A apuração indica ainda que a empresa contratada para fornecer os alimentos é de fachada. Um ex-deputado também é investigado.

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