Servidora da Saúde de Aparecida é presa após exigir pagamento para liberar exame

A servidora e a vítima foram conduzidas pela PM à Central Geral de Flagrantes de Aparecida de Goiânia – (Foto: Rodrigo Estrela)

A suspeita foi desligada da Prefeitura e foi realizada a abertura de procedimento interno para averiguação do caso

Uma servidora do Centro de Atendimento Integrado de Saúde (CAIS) Colina Azul, em Aparecida de Goiânia, foi presa em flagrante pela Polícia Militar nesta quinta-feira (16/10) sob suspeita de corrupção passiva. A prisão ocorreu após a Polícia Militar ser acionada por uma paciente que denunciou a tentativa de cobrança de um valor para a realização de um exame que é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o registro da ocorrência, a paciente procurou o CAIS Colina Azul para realizar um exame médico. Inicialmente, a servidora informou que não havia vagas, prometendo tentar um “encaixe”. No dia seguinte, a suspeita entrou e contato com a paciente via aplicativo WhatsApp. Nas conversas, a servidora afirmou ter conseguido viabilizar o exame, mas exigiu um depósito via Pix correspondente à metade do valor cobrado por um laboratório particular para liberar o encaminhamento.

Desconfiada, a paciente retornou ao CAIS para esclarecer a situação pessoalmente. Entretanto, a servidora manteve a cobrança, condicionando a liberação do exame ao pagamento e negando o atendimento caso o valor não fosse depositado.

Diante da situação, a vítima acionou a Polícia Militar, que analisou as capturas de tela das conversas de WhatsApp apresentadas pela paciente. Na sequência, a PM acionou a supervisora da unidade de saúde, que acompanhou os militares até a sala da servidora.

Durante a abordagem, a suspeita admitiu as acusações. A servidora e a vítima foram conduzidas pela PM à Central Geral de Flagrantes de Aparecida de Goiânia, onde a autoridade policial deliberou pela prisão em flagrante contra suspeita.

Posicionamento

Em nota oficial, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) informou que, assim que tomou conhecimento dos fatos, adotou medidas administrativas imediatas como demissão e abertura de procedimento interno para averiguar o ocorrido.

A SMS também assegurou que está em contato com as autoridades policiais e colabora integralmente com as investigações para o completo esclarecimento do caso.

Parte da conversa entre a suspeita e a vítima – (Foto: Reprodução)
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