Proposta contou com 18 votos favoráveis ao afastamento do magistrado
Nesta segunda-feira (06), o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) afastou o desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo do cargo em decorrência de sua declaração na última semana, em que defendeu o fim da Polícia Militar durante julgamento de um caso ocorrido em Aparecida de Goiânia. A proposta de afastamento contou com 18 votos favoráveis e 03 contrários durante sessão extraordinária convocada pelo presidente do TJ-GO, Carlos Alberto França.
Durante sua fala, registrada em sessão de julgamento da Seção Criminal na última quarta-feira (1º), Adriano Roberto Linhares Camargo fala em “recorrentes abusos”.
“Aqui vai uma reflexão pessoal: para mim, tem de acabar com a Polícia Militar. Para mim. E instituir uma forma diferente de atuação na área de investigação e de repressão ao crime. A Polícia Militar, como reserva técnica do Exército, é para enfrentar inimigo. É este o seu papel. E é por isso que vemos abusos e excessos seguidos, recorrentes. A PM de Goiás é invisível. Vejam nos jornais a quantidade de confrontos e ninguém leva um tiro. Morrem quatro, cinco, seis. Não é por preparo, não. Nós sabemos por que é”, disse o desembargador na sessão.
Repercussão
Após a divulgação da fala do desembargador, o governador Ronaldo Caiado (UB), que está em viagem à China, gravou um vídeo para repudiar a declaração do magistrado e defender a Polícia Militar do Estado de Goiás.