“Acabou, porra!”, afirma Bolsonaro em recado ao STF

Presidente agitou bastidores políticos em Brasília com comentários sobre investigação do STF

O presidente Jair Bolsonaro voltou a agitar os bastidores políticos hoje pela manhã ao conversar com apoiadores no portão do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Ele mostrou-se visivelmente irritado sobre os mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quarta-feira, dia 27, em endereços ligados a empresários e blogueiros que apoiam o seu governo em operação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no inquérito que investiga ataques contra o STF, o financiamento e disseminação de fakes news na internet.

Bolsonaro disse que esse tipo de atitude não será mais tolerado por ele.

“Ninguém mais do que eu, cada vez mais tem demonstrado que tem um compromisso com a democracia, com a liberdade. Agora, as coisas têm um limite. Ontem foi o último dia. Eu peço a Deus que ilumine as poucas pessoas que possam se julgar melhor e mais poderosas do que os outros, que se coloquem no seu devido lugar, que nós respeitamos. E dizer mais: Não podemos falar em democracia sem um Judiciário independente, sem um Legislativo independente, para que possa tomar decisões, não monocraticamente por vezes, mas são questões que interessam ao povo com um todo, que tomem, mas de modo que seja ouvido o colegiado. Acabou, porra! Me desculpem o desabafo. Acabou. Não dá para admitir mais a atitude de certas pessoas individuais. Tomando de forma quase que pessoal, certas ações”, falou.

Sobre o chamado “gabinete do ódio” que supostamente funciona dentro de uma sala no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que a investigação começou a ser feita baseada numa fake news.

“Dizer a vocês que inventaram o nome do gabinete do ódio, alguns acreditaram e outros foram além: abrir processo no tocante a isso. Não pode um processo começar em cima de um factoide. Em cima de uma fake news. Respeitamos os demais poderes, mas não abrimos mão que nos respeitem também.”

Para Bolsonaro, onde foi “um dia triste” por causa da operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.

“Mais um dia triste na nossa história, mas o povo tenha certeza. Foi o último dia triste. Nós queremos a paz, a harmonia, independência, respeito e democracia acima de tudo. A liberdade de expressão é algo sagrado entre vocês (imprensa) e também entre a mídia alternativa. Nós não podemos ficar apenas tendo a nossa disposição um lado, a mídia tradicional ou a mídia social, os dois lados vão conviver”.

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