APARECIDA: Grupo dos 18 vereadores trabalha com cartas marcadas

Bloco dos 18 vereadores articulam para assumir o comando da Câmara Municipal – (Foto: Reprodução)

Eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara vai ocorrer no dia 1º de janeiro de 2021

A eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, a ser realizada no dia 1º de janeiro, mobiliza um grupo de 18 vereadores que tentam acordo com objetivo de eleger um deles para o posto de presidente. Esse grupo está fechado e foi criado, segundo um dos membros que pediu anonimato, para isolar dois vereadores: André Fortaleza e Aldivo Araújo, ambos do MDB.

Estão em jogo os cargos de presidente, 1º e 2º vice-presidentes e 1º e 2º secretários, das comissões permanentes, incluindo a Reunidas, além de diretores e cargos comissionados na Casa a serem controlados pela nova direção. A intenção do grupo dos 18 é eleger cinco deles para a Mesa Diretora no biênio 2021/2022.

No início das discussões eram 10 candidatos à presidência. Agora são cinco. Os que desistem ficam compromissados de serem comtemplados com cargos na Câmara.

Mas esse jogo parece ter cartas marcadas e dos cinco nomes que hoje estão na disputa pela presidência, todos são considerados “pistolões” do Legislativo Municipal. São eles: Élio Bom Sucesso, Valéria Pettersen e Gilsão Meu Povo, os três do MDB, Isaac Martins (PL) e Roberto Chaveiro (Podemos). Na próxima segunda-feira (14), o grupo volta a se reunir e a expectativa é de afunilamento em apenas três nomes para a presidência.

Mas já há uma decisão interna do MDB não divulgada que se refere ao próximo presidente da Câmara de Aparecida. A determinação é de que o próximo presidente deve ser do partido. Sendo assim, permanecerão na disputa Élio Bom Sucesso, Valéria Pettersen e Gilsão Meu Povo.

Ou seja, dos 18 do grupo, apenas três têm chances reais de chegar lá, o que induz acreditar que o grupo foi montado com interesses definidos e cartas marcadas pelos emedebistas que estariam utilizando o discurso de unidade em benefício próprio.

O mesmo vereador disse já ter percebido essa estratégia e não garante que a unidade seja mantida até o dia da eleição. Segundo ele, a conta é simples. Eles só precisam de 13 votos para vencer a disputa. A gordura é de cinco vereadores. Como sete ficaram fora do grupo, se houver união deles com cinco possíveis dissidentes, a soma dá 12, um a menos, insuficiente para vencer.

Ainda é cedo, mas esse vereador disse ao Goiás365 que o fato de estar no grupo não significa que ele é membro dele ou que vai seguir o que está sendo colocado internamente nas reuniões, mesmo sentimento que pode estar acontecendo com outros, admite.

Grupo dos 18:
Gilsão Meu Povo (MDB), Elio Bom Sucesso (MDB), Lelis (PP), Valéria Pettersen (MDB), Isaac Martins (PL), Edinho Carvalho (PTC), Erivelton Contador (PP), Willian Panda (PSB), Fabio Ideal (PP), Hans Miller (PSD), Leandro da Pamonharia (PTC), Domingos Rodrigues (Cidadania), Diony Nery (PSDB), Getulio Andrade (PV), Sandro Oliveira (Cidadania), Roberto Chaveiro (Podemos), Amendoim (PDT) e Zé Filho (PSDB).

Grupo dos sete excluídos:
André Fortaleza (MDB), Araújo (MDB), Camila Rosa (PSD), Gleyson Flávio (MDB), Pastor Marcos Miranda (Republicanos), Kezio Montalvão (Solidariedade) e Marcelo da Saúde (PSC).

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