Policial está respondendo pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e prevaricação
Delegado da Polícia Civil atualmente lotado em São Miguel do Araguaia, Rafhael Neris Barboza foi afastado de suas nesta quarta-feira, dia 9, em decisão proferida pelo juiz Gabriel Lisboa Silva e Dias Ferreira, titular da 1ª Vara Criminal de Uruaçu.
O delegado teria cometido irregularidades no exercício da função quando foi o titular da Delegacia da Polícia Civil em Uruaçu, a primeira unidade da PC que assumiu após ser aprovado em concurso público do Governo do Estado de Goiás.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP) de Uruaçu, a promotora Daniela Haum de Araújo Serafim atestou que o delegado teria desviado do interior da DP, sem autorização judicial – objetos que haviam sido formalmente apreendidos em decorrência de cinco inquéritos policiais que estavam em andamento, ou que eram parte de processos que já haviam sido enviados ao Fórum de Uruaçu.
A promotora denunciou Rafhael Neris pela suposta prática dos crimes de peculato; de falsidade ideológica e prevaricação
No caso em questão, o delegado desviou e/ou doou, a terceiros, cinco telefones celulares; uma televisão e e uma geladeira duplex sem aval do Judiciário.
No caso da televisão apreendida – que Rafhael Neris teria destinado para uma igreja evangélica de Uruaçu – o MP apontou cometimento de crime de falsidade ideológica pelo delegado porque o aparelho que a igreja recebeu era de marca e modelo diferente do relacionado pelo então delegado no Termo de Doação.
As investigações apontam que, dos quatro aparelhos que eram objeto de um mesmo inquérito policial, apenas um celular foi formalmente mencionado em outro Termo de Doação.
Não havia, no referido documento, qualquer alusão ao destino final dos outros três telefones.
A geladeira duplex foi levada por um carroceiro e um outro indivíduo com a permissão do delegado agora afastado.
Com base no depoimento de testemunhas – tanto de policiais civis lotados na própria DP de Uruaçu que observavam as práticas ilícitas do então delegado como das pessoas que foram beneficiadas por algum tipo de “doação” indevidas – o atual delegado Fernando Martins, que conduziu as investigações, não teve dúvidas que Rafhael Neris agiu em descompasso com o que se espera de uma autoridade policial.
Rafhael Neris Barboza disse, em mensagem pelo WhatsApp, que soube do ocorrido justamente no momento em que foi informado pelo Portal Excelência Notícias e que não iria comentar o assunto, pois ainda não havia conversado com seu advogado.
Ele ainda cumpre estágio probatório por ter assumido o cargo de delegado em novembro de 2018 e corre o risco de, após o procedimento administrativo, ser exonerado dos quadros de servidores efetivos da Polícia Civil de Goiás. (Com informações do Portal Excelência Notícias)