Ele foi interrogado nesta quarta-feira
Da Agência Brasil
O engenheiro Paulo José Arronenzi, denunciado pela Justiça pelo assassinato da ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral, 45 anos, esfaqueada na frente das três filhas na véspera do Natal de 2020, usou o direito de ficar calado durante o interrogatório, nesta quarta-feira (14), no 3º Tribunal do Júri do Rio.
O juiz Alexandre Abrahão presidiu a audiência que durou pouco mais de três horas e foi marcada pelo clima de comoção de familiares e amigos da vítima. O magistrado concluiu a fase de instrução do processo após ouvir o depoimento de oito testemunhas. A acusação e a defesa terão agora prazos sucessivos de cinco dias para a apresentação de suas alegações finais. Depois disso, o juiz decidirá se o engenheiro deve ser levado a júri popular.
O crime aconteceu na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, quando a juíza levava as crianças para passarem o Natal com o pai, por volta das 18h do dia 24. O pai marcou com a ex-mulher o lugar para pegar as três filhas menores de idade, que levavam presentes de Natal para Arronenzi. O engenheiro foi preso em flagrante logo em seguida por guardas municipais.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o assassinato foi motivado “pelo inconformismo do acusado com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras do fim do casamento na vida do engenheiro”. Paulo Arronenzi foi denunciado por homicídio quintuplamente qualificado.